Pode até parecer o quadro “SEXO” no programa Altas Horas, dirigido por Serginho Groisman na Rede Globo de Televisão. Lá, jovens ao questionarem a sexóloga Laura Muller, dizem: “Um amigo meu tem um problema assim, assim, etc. e tal. Como é que ele resolve essa questão?”. O auditório vem abaixo denunciando que o tal “amigo meu” é o próprio consulente que ali está ao vivo e em cores.
Esse não é o meu caso porque compilei fatos reais ocorridos com amigos, nos quais a cidadania passou longe. Vamos aos fatos:
1º - Numa longa rua de duas pistas há uma única vaga de estacionamento para o idoso e nela um esbelto jovem estaciona o seu carro. Com as portas abertas ele bate um bom papo com alguém. De frente existe um estacionamento pago e um idoso, sem alternativas, dirige o seu carro até lá. Na volta o homem de cabelos grisalhos vai até o jovem e lhe mostra o papel do estacionamento, dizendo que irá pagar por algo que não deveria. O jovem lhe solta palavrões e diz: “Vem me tirar daqui!”.
2º - Uma senhora deixa o carro funcionando na garagem e o portão está aberto para sua saída imediata. Outra senhora vendo a garagem aberta, emboca o seu carro ali e o deixa com a metade sobre o passeio. Foi a uma loja ao lado e por lá demorou. Ao voltar viu a ansiedade da dona da garagem, não se desculpou e ignorou a infração ao artigo 181-X do Código de Trânsito Brasileiro. Inacreditável...
3º - Um pedreiro foi contratado para consertar a cobertura de uma residência e, não tendo acesso direto ao telhado, fez o seguinte: colocou uma escada na fachada da casa ao lado e subiu feito um gato. O proprietário o interpelou já na platibanda perguntando-lhe aonde ia e mais, alertou-o que poderia quebrar suas telhas. Dando de ombros o “telhadeiro” fez o seu trabalho e de lá desceu sem dizer uma palavra (!).
4º - Certo motociclista veloz, usando um rebaixo de meio-fio, entra ali com a moto várias vezes ao dia para acessar ao seu setor de trabalho que fica ao lado. O morador do local, chegando com seu veículo, quase acidentou o jovem. Numa troca de palavras, quem teve que se calar? O do carro, por receber ameaças. Ufa!
Caro(a) leitor(a); juntando isto com o que você sabe, teremos num rosário de anticidadania. Daí a necessidade das leis para corrigir erros trazidos do berço.
A propósito, um pedido aos srs. promotores de eventos: não os façam em locais que tenham barreiras arquitetônicas ou pouca acessibilidade.