SAÚDE

Álcool e cigarro diminuem resistência óssea

E para quem ainda não se convenceu desses males, uma descoberta do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pode ajudar

Publicado em 20/10/2009 às 11:12Atualizado em 20/12/2022 às 09:58
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São variados os males que o cigarro e bebidas alcoólicas podem causar à saúde, mas ainda assim milhares de pessoas não conseguem encontrar forças nos argumentos mais fortes, como as imagens disponibilizadas nos maços e as notícias dos acidentes. Por isso, para quem ainda não se convenceu desses males, uma descoberta do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pode ajudar.   A osteoporose é um processo de perda de minerais e enfraquecimento dos ossos, deixando-os mais frágeis. Segundo a pesquisa, uma pessoa que fuma e bebe tem resistência óssea 45% menor do que a de alguém sem esses vícios. Pontanto, o cigarro age como um dos fatores que mais aceleram esse processo, sendo ainda mais comum nas mulheres. Além disso, a baixa resistência dos ossos retarda a recuperação em casos de cirurgias e fraturas.   Para o ortopedista Vicente Carlos Franco Macedo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), essa fragilidade é causada pela diminuição na concentração de cálcio. “Além do consumo do fumo e álcool, normalmente essas pessoas não praticam esportes, dormem e se alimentam mal. Este comportamento associado prejudica a qualidade óssea”, explica.   Entre os principais problemas que podem afetar este grupo de pessoas, o ortopedista destaca as doenças de longo prazo, como diabetes, derrames, infartos do miocárdio e osteoporose. “Em pacientes que apresentam essas patologias a qualidade de vida cai muito, principalmente após os 50 anos. No caso da osteoporose, aumentam a possibilidade de fraturas com o mínimo de impacto ou quedas em casa e, ainda, a possibilidade de o paciente ser submetido à amputação de membros devido ao tromboembolismo, a trombose venosa, decorrente direta do cigarro”, alerta.   Segundo o ortopedista, essa baixa resistência dos ossos também dificulta os resultados em casos de cirurgias e tratamentos médicos. “São pacientes difíceis, com recuperação complicada e mais lenta, pois o fumo retarda a cicatrização, afetando toda a cadeia inflamatória. Há casos em que não deixa as células de defesa eliminar as células cancerígenas. Enfim, o vício é um sério problema de saúde pública”, destaca o médico.

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