SAÚDE

Alumínio presente em antitranspirante não é nocivo à saúde, explica especialista

Publicado em 20/03/2022 às 18:48Atualizado em 18/12/2022 às 23:36
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Por algum tempo, um rumor circulou nas discussões sobre saúde e cuidados de beleza: desodorantes antitranspirantes seriam capazes de desenvolver doenças sérias, como o câncer de mama, por conta do alumínio em sua composição. A afirmação está equivocada, de acordo com a professora do curso de Farmácia, Rita Soares.

Segundo a docente, estudos sobre o tema devem continuar na mira de pesquisadores, porém, o uso é seguro. “Ainda não existem dados conclusivos que indiquem que o alumínio possa ser muito nocivo para a saúde. Muitas pessoas acreditam que, por inibir a produção de suor, não ocorre a liberação das toxinas, mas transpiramos para que o nosso corpo regule a sua temperatura, e as glândulas sudoríparas das axilas produzem apenas 1% de todo o suor do corpo”, afirma Rita.

A professora explica que os desodorantes comuns são produzidos com substâncias químicas antissépticas, com o objetivo de matar as colônias de bactérias e de combater ou disfarçar o mau odor. Já os antitranspirantes possuem complexos de alumínio na composição, que vão inibir a produção de suor e permite longas jornadas sem a sudorese.

A contraindicação acontece quando há alguma irritação alérgica na epiderme ou na hipótese de depilação com lâminas.

“Qualquer desodorante pode causar alergias na pele, principalmente se as axilas estiverem com cortes ou abrasões, pois o contato com substâncias como o álcool, o triclosan e até mesmo a fragrância utilizada no produto pode influenciar nessa reação, por terem maior facilidade para penetrar na pele. Além disso, a hipersensibilidade também pode desencadear algum tipo de inflamação, como a foliculite, e resultar em manchas escuras na pele”, alerta Rita, que recomenda o uso apenas na pele íntegra.

PARABENOS

Algumas fórmulas químicas e alimentos industrializados levam parabenos na sua composição, que funcionam como conservantes eficazes. Produtos de maquiagem e cosméticos, como loção facial, cremes de barbear, protetor solar e antitranspirantes, podem possuir esse composto, que ocasionalmente será absorvido pela pele. O componente possui propriedades semelhantes ao estrogênio fraco.

O estrogênio é um hormônio feminino capaz de fazer com que as células da mama, normais e cancerosas, consigam crescer e se dividir. “O próprio Ministério da Saúde tem reforçado em suas campanhas um alerta em relação a exposição ao estrogênio por tempo prolongado e o aumento do risco de desenvolver câncer de mama entre 5% e 10% dos casos”, afirma a docente.

Os itens de consumo que contêm parabenos são obrigados a listá-los como ingredientes. “Embora a quantidade permitida nos produtos seja considerada segura é importante atenção aos rótulos. Se não for possível deixar de usar totalmente os cosméticos com o composto, pode-se substituir por aqueles chamados de ‘low poo’, que geralmente são isentos de muitos conservantes químicos”, finaliza.

 

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