TODAS AS IDADES

Animação auxilia na compreensão da mente humana, diz psicóloga

Juliana Corrêa
Publicado em 06/07/2024 às 18:23
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Para a psicóloga Janete Tranquila, todas as emoções mostradas no filme “Divertida Mente” são importantes para que o indivíduo possa adquirir autoconhecimento (Foto/Reprodução)

No dia 20 de junho, foi lançado no Brasil o filme “Divertida Mente 2”, levando multidões aos cinemas e se tornando o filme mais visto, até o momento, de 2024. A trama é sobre as emoções dentro do cérebro de Riley, uma adolescente de 13 anos que ama jogar hockey, divertir-se e estar com suas amigas e família.

No primeiro filme da saga, a menina, então com 11 anos, ao mudar para uma nova cidade, precisa lidar com suas cinco emoções – alegria, tristeza, medo, raiva e nojo – e aprende que cada uma delas possui sua função e importância. Neste segundo filme, Riley entra na puberdade e, além de ter que lidar com suas antigas emoções com mais intensidade, passa a conviver com novas: tédio, vergonha, inveja e, o destaque do filme, a ansiedade.

Janete Tranquila Gracioli é psicóloga e professora de psicologia do adolescente na Uniube e afirma que, embora seja uma animação, “Divertida Mente 2” é um filme para todas as idades, pois desvenda os segredos da mente humana. E o longa traz alguns ensinamentos, sendo um dos principais a necessidade de entrar em contato com as próprias emoções, não somente aquelas que são consideradas positivas, como a alegria, mas também as negativas. “Quando nós assumimos essas emoções negativas, é um caminho para o crescimento pessoal. E, muitas vezes, nós não fazemos esse exercício. E quanto mais a gente procurar uma orientação a este respeito, melhor”, enfatiza Janete.

Um dos ápices de “Divertida Mente” (alerta de spoiler) é a crise de ansiedade da protagonista, quando esta emoção toma conta do controle de sua mente durante uma partida de hockey. A psicóloga conta que existem algumas técnicas, como controle de respiração, e também é importante que quem estiver por perto (especialmente os pais, no caso de adolescentes e criança), que valide os sentimentos, mostre que a pessoa não está sozinha e auxilie na busca por ajuda profissional. Alguns hábitos também auxiliam pessoas comumente ansiosas, como boa alimentação, limitação de tempo de telas, exercícios físicos, cultivar hobbies, como leitura e música.

Janete destaca que o autoconhecimento é a chave para gerir as emoções. Assim como vivido pela protagonista no filme, todo ser humano passa por fases de mudanças, dificuldades, sofrimentos. “E isso pode ser um desafio para outras possibilidades de ser, de abrir para as oportunidades da vida, fazer um olhar diferente. Encarar as crises de identidade, pessoais, profissionais e emocionais leva ao autoconhecimento, à inteligência emocional que todos nós precisamos desenvolver”, finaliza a psicóloga.

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