O aleitamento materno contribui para taxas mais baixas de doenças infantis agudas e crônicas
Foto/Francis Prado
Luciano Santiago lembra que o ato de amamentar protege mãe e bebê de várias patologias
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que bebês se alimentem exclusivamente de leite materno nos primeiros seis meses de vida. Depois disso, é indicada uma dieta que inclua o leite materno, entre outros alimentos, até a criança completar 2 anos.
Porém, de acordo com informações do presidente do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Brasileira de Pediatria, Luciano Santiago, apenas 10% das crianças com menos de 6 meses são amamentadas exclusivamente pelo leite materno. “O leite materno é o ideal para a criança, sendo composto de todos os nutrientes que ela necessita. Além disso, o ato de amamentar protege mãe e bebê de várias patologias”, explica o especialista.
O pediatra ressalta que muitos mitos foram levantados em torno da amamentação, quanto à saciedade da criança. “Os índices de crianças que são alimentadas até os seis meses de idade exclusivamente com leite materno ainda precisam melhorar, mas muitas mães, ainda por uma cultura familiar, acreditam que o leite materno não sacia o bebê, o que não é verdade. Ele alimenta e é totalmente aproveitado pelo organismo da criança, facilitando sua digestão”, destaca Luciano Santiago.
Ele aponta, ainda, que o aleitamento materno contribui para taxas mais baixas de doenças infantis agudas e crônicas, bem como para melhores resultados cognitivos e educacionais. Os benefícios para a saúde materna incluem menores taxas de depressão pós-parto, melhoria da saúde física e redução do risco de câncer de mama ao longo da vida.