A depressão e a tristeza alteram quimicamente o funcionamento de todo o corpo e de todo o cérebro
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A neuropsicóloga Liliane Cristina de Além-Mar e Silva recomenda a todas as pessoas passarem por acompanhamento profissional
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres no país (excluídos os tumores de pele não melanoma). Para 2019, foram estimados 59.700 casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 51,29 casos por 100 mil mulheres.
Os números assustam, por isso, profissionais ressaltam a importância de um acompanhamento interdisciplinar, tendo em vista o impacto psicológico causado pelo câncer de mama na vida da paciente. De acordo com especialistas, quando essa fase da vida é vivenciada com conhecimento e compreensão e existe um apoio psíquico, para responder aos medos e angústias, o resultado ao tratamento terapêutico é mais eficaz.
“O apoio emocional é muito importante, tanto para a mulher quanto para as pessoas que estão no seu entorno. Temos várias modalidades que podem se fazer necessárias e para isso é preciso uma avaliação específica no momento do diagnóstico, porque cada caso é único e cada pessoa tem necessidades específicas, como idade, estrutura de vida, momento, base cultural, suporte social, familiar; por isso é muito individualizado”, explica a neuropsicóloga Liliane Cristina de Além-Mar e Silva.
A especialista destaca dentre as modalidades a psicoprofilaxia cirúrgica, que é o preparo psicológico e emocional para acompanhar os processos pré, intra e pós-cirúrgico.
“O ideal é que todas as pessoas passem por um acompanhamento profissional como este, porque não só as cirurgias modificam uma série de questões físicas e hormonais, como também toda cirurgia depende de que a pessoa esteja em adequado estado de saúde mental para se recuperar e melhorar fisicamente daquele processo operatório”, destaca a profissional.
Ela lembra que a ansiedade, a depressão e a tristeza alteram quimicamente o funcionamento de todo o corpo e de todo o cérebro, por consequência de toda a produção hormonal do corpo, prejudicando todo o processo de melhora pós-operatório de regeneração do tecido.
“É importante que a pessoa esteja em adequada condição mental, para que a cirurgia seja um importante aliado, para que ela se recupere adequadamente da operação”, conclui.