Com a falta de oxigênio, causada pela asma, o coração entende que precisa bater de forma mais rápida
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Especialista em alergia, Frederico Zago, diz que o paciente diagnosticado com asma precisa de tratamento com especialista
A asma voltou a ser pauta na imprensa nacional, em razão da morte prematura da roteirista, apresentadora de TV e atriz Fernanda Young, de 49 anos. Ela teve uma crise aguda, seguida de parada cardíaca e a combinação das reações foi fatal.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a asma como doença crônica, com sintomas característicos, como ataques de falta de ar, respiração curta e rápida, com chiado e sensação de aperto no peito. A entidade estima que 253 milhões de pessoas no mundo sofrem com a doença.
“A asma pode ser controlável e prevenível, com o acompanhamento de um especialista, mas é importante enfatizar que, se não tratada adequadamente, pode fazer vítimas fatais”, explica o infectologista, especialista em Alergia e Imunologia, Frederico Zago.
Existem dois tipos de asma. A asma brônquica é caracterizada por uma hiper-reatividade dos brônquios e bronquíolos às partículas suspensas no ar ou a determinados produtos ou alimentos, podendo ser alérgica ou não. O outro tipo é a asma cardíaca, que surge em razão de o pulmão estar encharcado de líquidos. Esse tipo é um dos sinais de edema agudo, que exigem tratamento imediato, pois pode ser fatal.
“Com a falta de oxigênio, causada pela asma, o coração entende que precisa bater de forma mais rápida para compensar. O paciente pode, então, ter outras complicações cardíacas”, alerta o especialista.
Segundo dados do Global Asthma Report, divulgados em 2018, de 15% a 20% dos brasileiros sofrem com a doença. Segundo levantamento disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), no Brasil, a cada 18 horas, uma pessoa morre em decorrência das complicações asmáticas. Além disso, menos de 13% das pessoas acometidas pela doença fazem o tratamento, o que pode levar a crises fatais.
“O paciente diagnosticado com asma precisa de tratamento com especialista. O quadro pode se tornar cada vez mais grave e, até mesmo, ocasionar a perda progressiva das funções pulmonares”, finaliza Frederico Zago.