O consumo regular de aspirina reduz o risco de morte em pacientes com câncer colorretal, segundo estudo divulgado ontem pela revista especializada Journal of the American Medical Association. Já havia sido demonstrado que a aspirina reduzia o risco de adenoma colorretal — tumor benigno — e que, pelo menos parcialmente, prevenia o crescimento tumoral. No entanto, desconhecia-se que o remédio analgésico também podia ajudar na sobrevivência dos pacientes com esse tipo de câncer. Outros estudos comprovaram que, além de ser um analgésico, os ingredientes da aspirina — ácido acetilsalicílico — têm efeitos anti-inflamatórios e anticoagulantes. O doutor Andrew Chan, do Hospital Geral de Massachusetts e da Escola de Medicina da Universidade de Harvard, estudou a relação entre a aspirina e a sobrevivência de 1.729 pacientes de câncer colorretal não metastático. O consumo regular de aspirina esteve vinculado a uma grande redução no risco de morte por câncer colorretal e a uma redução da mortalidade, apontou o relatório. No entanto, o cientista indicou que é preciso realizar maiores estudos sobre os efeitos da aspirina, incluindo provas com placebos. Outra descoberta. Uma superpílula que combina três medicamentos — contra a hipertensão, um anticolesterol (estatina) e a aspirina — reduziu os riscos de doenças cardiovasculares em pessoas saudáveis, sem efeitos secundários, segundo estudo clínico denominado TIPS (The Indian Polucap Study) e realizado na Índia em 2.053 pessoas, de 45 a 80 anos. A pesquisa foi apresentada pelos dois autores, os doutores Salim Yusuf, do Population Health Research Institute, da Universidade McMaster (Ontário) do Canadá, e Prem Pais, do St John’s Medical College de Bangalore, na Índia, na 58ª Conferência Anual do American College of Cardiology (ACC), realizada em Orlando (Flórida, sudeste).