SAÚDE

Atrás apenas da Covid, fratura do punho foi a segunda maior causa de afastamento do trabalho em 2021

Rafaella Massa
Publicado em 26/02/2022 às 12:40Atualizado em 18/12/2022 às 18:24
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Fraturas no punho foram a causa de 30.336 afastamentos em 2021, ficando atrás apenas dos casos de Covid-19

Apesar de não ser uma área sensível, a fratura no punho foi o segundo maior motivo de afastamento do trabalho em 2021, segundo dados do Ministério da Economia e Previdência com 30.336 afastamentos, ficando atrás apenas dos casos de Covid-19, que contou com 98.787 afastados.

Segundo a ortopedista Lorena Muniz, as fraturas nessa região são comuns, pois acontecem em duas faixas etárias com frequência: adultos e idosos. “As lesões do punho são de acometimento bimodal, por exemplo, acontece tanto em paciente jovem, quanto em paciente idoso. Então, acomete duas faixas etárias por diferentes causas e não deixa de ser uma região de muitos ligamentos. Portanto, acaba sendo uma região que é mais vulnerável que as outras”, explica.

Essa vulnerabilidade se dá ao fato do braço ser usado constantemente para proteção de forma instintiva. “Por exemplo, quando você vai cair, uma queda da própria altura mesmo, de forma inconsciente, a primeira coisa que você faz é colocar as mãos na frente para proteger”, exemplifica a ortopedista.

As principais causas de fratura são os traumas, ou seja, lesões causadas por uma força externa e acontecem, predominantemente, em pacientes adultos, sendo os principais motivadores as quedas de altura ou traumas de moto, como explica Muniz. “Nessa fase, onde o paciente é adulto jovem, os traumas, na maioria dos casos, estão presentes. Agora, em segundo lugar, muitas fraturas de punho são em pacientes idosos, por queda da própria altura, principalmente, em mulheres que acabaram de entrar na menopausa, onde você tem um índice de osteoporose maior. E se você tem osteoporose, você tem uma qualidade óssea inferior, o que propicia mais fraturas”, afirma Lorena.

O tempo de recuperação varia, porém, geralmente é um prazo curto que fica entre 6 e 8 semanas dependendo do tipo de fratura. “Se é uma fratura com traços simples, ou se é uma fratura cominotiva, esses fatores interferem. Mas, no geral, não é uma recuperação longa”, finaliza Lorena.

Nos casos de fratura dessa região, a dor é imediata, podendo o punho ficar deformado, com presença de hematoma e inchaço. 

 

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