SAÚDE

Atraso no diagnóstico provoca quatro óbitos em Uberaba

Este ano foram diagnosticados 63 novos casos da doença, sendo 12 doentes só em setembro. Thassiana Macedo Centro de Saúde Eurico Vilela alerta: é cada vez maior o ...

Publicado em 05/10/2011 às 09:47Atualizado em 19/12/2022 às 21:59
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Centro de Saúde Eurico Vilela alerta: é cada vez maior o número de uberabenses diagnosticados com tuberculose quando já não há muito o que fazer contra a doença. O Ministério da Saúde preconiza que municípios do porte de Uberaba identifiquem a média de 120 novos casos da doença por ano, mas em 2011 foram diagnosticados na cidade 63 novos casos, sendo 12 deles apenas em setembro.

De acordo com o infectologista Vitor Guilherme Maluf, a notícia poderia ser positiva se não fosse o fato de cada dia maior número de uberabenses serem diagnosticados com tuberculose em estado avançado, fato que resultou em quatro óbitos neste ano. A situação é grave para uma doença que tem cura e cujo tratamento é gratuito. “Estou no serviço há 10 anos e esse número é histórico. Realmente há menos casos do que o ministério preconiza, mas Uberaba é uma cidade mais desenvolvida em comparação a municípios da região Nordeste e é preciso ficar alerta”, destaca. Para o especialista, é justamente o atraso no diagnóstico o responsável por este retrato.

Isso significa que pode haver número maior de doentes que não sabem que estão com tuberculose, uma vez que ela é altamente contagiosa. Para Vitor Maluf, o atraso se deve a dois fatores: a demora da população em procurar atendimento ou quando a unidade de saúde que atendeu o doente não fez o diagnóstico correto.

“No ano passado, demos treinamento para todas as equipes do Programa Saúde da Família e neste ano estão programados outros para o final de 2011”, conta.

De acordo com ele, Patrícia Borges, enfermeira referência técnica em tuberculose, faz supervisão das equipes toda semana. “Não é falta de preparo, mas vemos que não é somente o paciente que demora, mas também as equipes não estão conseguindo diagnosticar”, frisa.

O infectologista explica que é importante o diagnóstico precoce para que seja possível cessar o processo de contaminação. Por ser transmitida por vias respiratórias, a tuberculose pode ser passada de uma pessoa para as outras pelo contato diário e prolongado, em casa ou no trabalho. “Todas essas pessoas são avaliadas pelo serviço e passam por exames clínicos, mas, nos casos em que a tuberculose é bacilífera, fazemos o exame de PPD. Se esse exame der positivo, faz-se a quimioprofilaxia, ou seja, damos um remédio para evitar que essa pessoa desenvolva a doença”, esclarece.

 

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