Cai número de casos de hanseníase em Uberaba em 2023

O número de diagnósticos de hanseníase em Uberaba caiu 25% em 2023, comparado com os casos registrados em 2022. As informações são do diretor de Vigilância em Saúde, Matheus Assumpção, em entrevista à Rádio JM. No ano passado, foram nove pessoas diagnosticadas com a doença na cidade, enquanto em 2022 o número foi de 12. Janeiro é o mês oficial de conscientização e combate à hanseníase (Janeiro Roxo) e o dia 26 de janeiro é o Dia Mundial Contra a Hanseníase.

Em nível nacional, foram 19.635 novos casos em 2022, de acordo com o painel de monitoramento de indicadores da hanseníase no país. Em 2023 (de janeiro a novembro), foram registrados 19.129 casos. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o segundo país que mais registra novos casos da doença todos os anos.

A duras penas, o medo e a ignorância a respeito da hanseníase têm sido superados. A doença, antigamente, era chamada de lepra, termo que não se usa mais no Brasil. A falta de informação e o preconceito faziam com que as pessoas acometidas fossem isoladas da sociedade. No entanto, antibióticos para combater a bactéria causadora da doença foram descobertos a partir da década de 40, além de novos avanços da Medicina, que trouxeram muito mais qualidade de vida e cura para a hanseníase.   

A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae e a transmissão se dá através do contato próximo e por tempo prolongado com uma pessoa infectada, pela tosse, espirro ou fala. A doença apresenta um período longo de incubação, que geralmente dura de dois a sete anos. 

Os sintomas mais frequentes são manchas pelo corpo, com pouca ou nenhuma sensibilidade; comprometimento de nervos periféricos, com alterações sensitivas e motoras; áreas com diminuição de suor e pelos; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente nas mãos e nos pés; diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, mãos e pés, e caroços no corpo, podendo ser dolorosos.