Médica oncologista Jane Monteiro explica que quem tem histórico de câncer na família deve redobrar a atenção a sinais e sintomas que estejam atrapalhando o dia a dia
O diagnóstico precoce é fundamental, sobretudo quando aliado a uma rotina saudável (Foto/Reprodução)
A prevenção é o melhor remédio para diversas doenças, sobretudo para o câncer. Fato é que quanto mais recentemente o tumor é identificado, maior a chance de cura. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental, sobretudo quando aliado a uma rotina saudável e o cultivo de bons hábitos.
Maus hábitos como tabagismo, sedentarismo, obesidade, abuso de bebidas alcoólicas, dentre outros, são alguns dos principais fatores de risco, que representam em torno de 80% das causas conhecidas para o câncer; os demais 20% são relacionados a fatores genéticos. Por isso, quem tem histórico de tumores na família deve redobrar o cuidado preventivo. “Podemos sim dizer que novo ano velhos cuidados. Sempre que possível agendar um check-up e avaliar possíveis queixas que apareceram ou persistem por vários dias. Famílias com histórias de câncer devem prestar mais atenção a sinais e sintomas que possam estar atrapalhando o dia a dia”, pondera a médica oncologista Jane Monteiro.
Perceber os sinais de alerta, no entanto, nem sempre é tarefa fácil. Muitas vezes eles passam despercebidos no dia a dia, até mesmo por desconhecimento. “Devemos prestar atenção a lesões de pele que nunca saram com uso de pomada e cremes, pintas que mudam de cor, formato e tamanho. Observar sangramentos atípicos via vaginal, oro faringe, urina e intestinal. Nódulos nas mamas, nas regiões de drenagem linfática (axilas, pescoço, virilha). Emagrecimento rápido, febres inexplicáveis e duradouras. Tosse, falta de ar, rouquidão e dificuldades para engolir. Estes sintomas e sinais, dentre outros, que devem ser levados em consideração sempre e procurar um oncologista, que, após avaliação do quadro sugere, quais exames deverão ser realizados”, elenca a oncologista.
Um grande apoio à identificação de doenças são os exames, mas nem sempre os que rastreiam tumores são indicados. Segundo Jane Monteiro, eles devem levar em consideração os dados epidemiológicos relacionados ao sexo, idade, raça, estilo de vida e fatores de risco tipo exposição solar, tabagismo, etilismo, doenças infectocontagiosas, dieta e outros. “Então em relação às mulheres observamos a pele, as mamas e ginecológico, trato gastrointestinal. Os homens também, não esquecemos da pele devido exposição solar prévia, próstata, pulmão nos fumantes e trato gastrintestinal”, finaliza.