SAÚDE

Cigarro e álcool aumentam problemas ósseos

Publicado em 08/08/2009 às 22:41Atualizado em 20/12/2022 às 11:17
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Para quem ainda não se convenceu do mal que o cigarro e a bebida alcoólica fazem à saúde, uma nova descoberta do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pode ser decisiva. A pesquisa confirma que uma pessoa que fuma e bebe tem resistência óssea 45% menor que a de alguém sem esses vícios. Além disso, a baixa resistência dos ossos retarda a recuperação em casos de cirurgias, fraturas e tratamentos médicos. Para o ortopedista Vicente Carlos Franco Macedo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), essa fragilidade é causada pela diminuição na concentração de cálcio nesses casos. “Além do consumo do fumo e álcool, normalmente essas pessoas não praticam esportes, dormem e se alimentam mal. Esse comportamento associado prejudica a qualidade óssea”, explica.   Entre os principais problemas que podem afetar este grupo de pessoas, o ortopedista destaca as doenças de longo prazo como o diabetes, derrames, infartos do miocárdio e a osteoporose. “Em pacientes que apresentam estas patologias, a qualidade de vida cai muito, principalmente após os 50 anos. No caso da osteoporose, aumentam as possibilidades de fraturas com o mínimo de impacto ou quedas em casa e de serem submetidos à amputação de membros devido ao tromboembolismo, a trombose venosa, decorrente direta do cigarro”, alerta. Segundo o ortopedista, essa baixa resistência dos ossos também dificulta os resultados em casos de cirurgias e tratamentos médicos. “São pacientes difíceis, com recuperação complicada e mais lenta, pois o fumo retarda a cicatrização, afetando toda a cadeia inflamatória. Há casos em que o fumo e seus efeitos não permitem que as células de defesa eliminem as cancerígenas. Enfim, o vício é um sério problema de saúde pública”, destaca o médico.   Cálcio. O cálcio é um componente mineral essencial para os ossos, incluindo os dentes. Além disso, atua na modulação de algumas proteínas e é um dos responsáveis pelas contrações musculares. “A presença dele no organismo e o seu estoque, que é armazenado nos ossos, dependem completamente da alimentação. Assim, uma dieta balanceada contribui para o bom funcionamento corporal. Já uma alimentação desequilibrada poderá favorecer o aparecimento de doenças”, afirma Vicente Carlos. Esse nutriente é importante em todas as faixas etárias, porém, dos nove aos 18 anos e após os 50, o corpo requer maior quantidade da substância para favorecer a manutenção da estrutura óssea e evitar problemas resultantes da falta de cálcio. Para manter a quantidade correta na alimentação, segue um quadro com as medidas de cálcio encontrado a cada 100 gramas/ml dos alimentos.

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