SAÚDE

Clima seco estimula aparecimento de caspas

Publicado em 30/07/2009 às 22:32Atualizado em 20/12/2022 às 11:29
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Ela é um problema que a grande maioria das pessoas possui e alguns até negam enfrentar. Mas este foi um recurso que o ex-presidente Jânio Quadros usou na década de 60, como instrumento de marketing para se aproximar da classe trabalhadora naquela época. Hoje, quando ouvimos falar em caspa, logo pensamos naqueles sinais na roupa, efeito da descamação, além da oleosidade excessiva que aparece no couro cabeludo, formando crostas que, pela coceira, são incrivelmente incômodas. Segundo a dermatologista Maria Fernanda Barra, nesta época as crises são ainda mais comuns. A dermatite seborreica, conhecida como caspa, é um problema de pele que acomete principalmente o couro cabeludo, e tem ocorrência sazonal. “Ela aparece mais no inverno e em época de clima seco. No inverno, geralmente temos menos cuidado, usamos água mais quente, e a água quente pode desencadear ou provocar as lesões”, explica.   O estresse também pode ser um fator provocador. “Além do estresse piorar, com o incômodo, a pessoa fica mais nervosa e agitada, e tende a levar mais a mão ao local, arrancando as crostas com a coceira”. Por isso, ela orienta que neste caso é preciso se acalmar. “Fazendo um exercício físico ou outra atividade para distrair”, completa Maria Fernanda. Entre as possíveis causas estão alterações no organismo que levam a uma maior produção de secreção sebácea, aquele óleo natural da pele, mas a dermatologista revela que fatores externos também podem atuar nas crises. “Uso excessivo de secador e também de boné, geralmente, causam mais estímulo da produção da secreção sebácea, o que pode levar a dermatite seborreica”.   Tratamento. Existem muitos xampus e até condicionadores vendidos em supermercados e farmácias, que oferecem fórmulas anti-caspas. Segundo a dermatologista, nenhum deles é contra-indicado, mas ela destaca que existem produtos específicos, com substâncias que vão agir melhor no controle da caspa. “Temos os xampus próprios, que são comprados com receita médica ou não, que possuem substâncias ativas que melhoram o quadro, como antifúngicos, ácido-salicílico, enxofre e derivados. E, de acordo com a intensidade, podemos orientar o paciente a utilizar a dose correta. Quando é muito intenso, o paciente tem que usar com mais frequência. Nesse caso, não precisa lavar os cabelos todos os dias, mas deve se lembrar de enxaguar bem o couro cabeludo. Se for mais intenso, orientamos a aplicação do produto duas a três vezes por semana. Saindo da crise, podemos fazer manutenção uma vez por semana. Já quando é mais leve, é possível tratar com xampus menos agressivos”, destaca Maria Fernanda.   E a caspa não aparece somente no couro cabeludo. No rosto, como ao redor do nariz, sobrancelha e atrás das orelhas, além do tronco superior, principalmente em homens, também são comuns. Para certos casos, a fitoterapia, que utiliza plantas medicinais, pode ser aliada no tratamento. “O chá de camomila pode ajudar”. Quanto às contra-indicações, ela revela que a princípio não há nenhuma. “Só evitar o uso de substâncias químicas muito ácidas que possam irritar ainda mais as lesões”. A dermatologista informa que a caspa não passa pelo contato, nem pelo uso da mesma toalha e piscina, pois não é transmissível e nem tem relação com falta de cuidados. Dicas. O ideal é evitar banhos quentes e demorados. “Uma alimentação saudável, com verduras, frutas, bastante líquido, vitaminas, zinco e ferro, é muito importante”. Outra orientação é sempre que estiver em crise, não dormir com o cabelo molhado. “Quando for no corpo, usar roupas mais frescas”, completa.  

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