A compulsão por compras começa com a destruição das finanças pessoais, seguida de desequilíbrio na vida pessoal
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A psicóloga Ana Seabra diz que a compulsão por compras costuma vir atrelada à ansiedade e depressão
Quem nunca comprou algo que não precisava? Adquiriu um bem só pelo prazer de, simplesmente, se sentir recompensado. Com qual frequência essas compras acontecem? Se for um impulso frequente, a pessoa pode sofrer de oniomania, um transtorno caracterizado pela compulsão por compras.
Segundo a psicóloga Ana Seabra, a compulsão é uma doença que tem tratamento. “É aquilo que lhe traz prazer por você estar praticando em excesso, e pior, sem perceber. Em muitos casos, o prazer é imediato, mas, depois, esse estado de satisfação é acompanhado de outros sentimentos, como a culpa”, explica.
Ainda segundo a profissional, o comprador compulsivo, em suas necessidades, ocupa muito tempo em lojas, pagando por produtos que ele não vai usar ou, ainda, pensando incessantemente no prazer da obtenção de bens. Em alguns casos, ainda segundo a psicóloga, essas pessoas gastam muito mais do que podem pagar.
“Essa patologia pode virar uma bola de neve de problemas. Começa com a destruição das finanças pessoais, seguida dos desequilíbrios na sua vida social, familiar e profissional. Ela costuma vir atrelada à ansiedade e à depressão. Em alguns casos pode levar à morte”, aponta.
Para os compradores compulsivos existe tratamento. Seabra conta que são as pessoas da família que podem ajudar na identificação do transtorno. “Tudo está ligado ao emocional e funciona como uma compensação por algo, como se fosse uma libertação de coisas que estão frustrando o ser afetado. Os tratamentos começam com a identificação do problema, terapia e vão até a privação de acessos ao poder de compra. Por isso, a família é tão importante”, explica.
Ela ainda ressalta que, em alguns casos, por conta da falta de aceitação, é preciso fazer um acompanhamento psiquiátrico, com medicação, e até mesmo a internação. “Os sintomas de não aceitação são estresse e até agressividade, por isso, tudo depende do nível dos transtornos”, declara.