Conhece aquela pessoa que na felicidade comemora com comida, na tristeza se consola com comida, na ansiedade se acalma com comida, vive reclamando que está gorda, mas não para de comer?
Tem também aqueles que todo mês estouram o limite do cartão de crédito, estão com o nome sujo, continuam comprando e sempre dão aquela desculpa de que “estava precisando”. Tem alguém assim perto de você?
Ou você tem algum amigo que, diariamente, precisa fazer uma aposta na loteria porque é baratinho e dá uma adrenalina?
Fique alerta! Você pode estar diante de uma pessoa com transtorno compulsivo.
A constante busca por prazer e felicidade, muitas vezes frustrada, tem causado vários transtornos mentais, atualmente. Um deles é a compulsão.
A doença tem sido diagnosticada cada vez mais em consultórios e é caracterizada pelo comportamento repetido e excessivo em busca de algum benefício.
Existem inúmeros tipos de compulsão como por drogas, alimentos, jogos, drogas, sexo, internet, compras, entre outros.
O curioso deste transtorno é que a pessoa adoecida é incapaz de perceber e precisa de ajuda da sua rede de contatos para buscar tratamento.
Entenda os sinais:
De acordo com a psicóloga especialista em comportamento compulsivo Ana Seabra, os compulsivos têm comportamentos em comum.
“Quando a pessoa começa a ter compulsão ela fica mais irritada, não consegue ficar muito parada na mesma atividade, no mesmo lugar, porque ela sente a necessidade de sair para fazer compra ou fumar ou comer alguma coisa”, explica.
A agressividade e a hiperatividade, a um nível que não faz parte da personalidade do indivíduo, são sinais dados inicialmente.
Um segundo passo para a doença é o comportamento repetido em busca de determinado prazer. Um exemplo são os compulsivos por compra. Todos os dias sentem a necessidade de comprar, mesmo que seja uma bala.
Para auxiliar essas pessoas a perceberem o exagero, é importante que elas sejam questionadas. Respostas defensivas e superficiais também podem ser sintomas.
“Com isso você perguntar, questionar “Você está comprando isso, por quê?”, “Você vai usar, vai utilizar?”, então começar a fazer essas perguntas com frequência e sempre observar. A gente fica parecendo um policial vigiando um bandido, mas na verdade a gente está querendo o bem-estar do próximo”, defende a psicóloga.