Conselho proíbe venda de tratamentos estéticos em sites

Quem nunca ficou tentada a encarar um tratamento estético que promete como resultado uma silhueta fina, sem muito esforço? Com a chegada do verão, surgem diversos pacotes milagrosos, o que, com certeza, é difícil de resistir, mas também é arriscado. Para evitar prejuízos ao bolso e à saúde, a escolha da clínica de estética e da profissional que irão conduzir o tratamento é fundamental. A fisioterapeuta Karla Chebel orienta que se gastem tempo e dinheiro apenas com o que realmente vale a pena.

A especialista destaca que, para obter um bom resultado, é necessária a realização de avaliação criteriosa inicial por profissional especializado, levando em conta as expectativas do consumidor, as condições físicas, o histórico de saúde e os hábitos alimentares. “É tarefa desse profissional ainda deixar clara a importância de uma dieta equilibrada e do exercício como parceiros de qualquer pacote que prometa reduzir medidas, alisar e firmar a pele”, esclarece.

O problema, segundo a fisioterapeuta, é que nem todas as clínicas que vendem pacotes milagrosos, especialmente pela internet, realizam todos esses exames antes de iniciar o tratamento. É a partir desse comportamento que decorrem os erros profissionais.

Os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional proibiram que profissionais da área ofereçam serviços em sites de compras coletivas. A resolução foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Quem descumprir estará sujeito a sofrer processo ético, que pode ser advertência formal, suspensão do direito de exercer a profissão ou até a cassação do diploma. A determinação abrange todo e qualquer tipo de atendimento que seja feito por fisioterapeutas, desde os estéticos (drenagem linfática, limpeza de pele, massagem etc.) aos de traumatologia (que tratam os danos do aparelho músculo-esquelético), reumáticos (tratam as doenças de mesmo nome), pilates, entre outros.

“É importantíssimo tomar cuidado com pacotes vendidos pela internet, onde o consumidor compra sessões sem saber se realmente é bom e específico para ele”, destaca a fisioterapeuta. Em alguns estados, esse tipo de venda pela internet foi proibida, já que para estabelecer o melhor tratamento com resultados eficientes, sem riscos para a saúde é necessária a avaliação.

“O verdadeiro objetivo era o marketing, porém esse procedimento está sendo feito de forma indiscriminada, como meio de sobrevivência às custas de consumidores que parecem desesperados pelos resultados. Cabe a esses consumidores ficar atentos e buscar avaliação com profissional qualificado”, completa Karla Chebel.