Depressão e problemas na infância influenciam no desenvolvimento de compulsões
A cada dia o número de pessoas diagnosticadas com transtornos compulsivos cresce em Uberaba. A fraqueza mental impactada pelas vivências da infância, estrutura familiar, falta de afeto e depressão são motivos que colaboram para isso.
Segundo a psicóloga especialista em comportamento compulsivo Ana Seabra, no consultório os principais tipos são compulsão por drogas, compras, jogos e alimentar. Na avaliação da profissional, a mais preocupante é a compulsão por drogas lícitas ou ilícitas.
“A compulsão por drogas é mais difícil da gente conseguir tratar, lidar e que a pessoa tenha uma aceitação”, analisa a especialista.
Na observação da profissional, a quantidade de informações disponíveis a todo momento é outro fator que influencia. Nas redes sociais, os internautas se espelham em comportamentos de outras pessoas em busca do prazer.
“A gente está tendo mais acesso às coisas que as pessoas podem falar: “Ah! Então eu vou fazer isso porque fulano fez. Mesmo falando que não deu certo, ele teve um prazer. Porque eu não posso ter esse tipo de prazer? Vamos testar”, analisa Seabra.
O crescimento dos diagnósticos está relacionado também ao reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS), nos últimos anos, de diversos tipos de compulsão como doenças.