SAÚDE

Cuidados diários amenizam crises de psoríase

Thassiana Macedo
Publicado em 10/11/2009 às 11:08Atualizado em 20/12/2022 às 09:34
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A psoríase é uma doença de pele relativamente comum e afeta de 1% a 3% da população mundial, ou seja, cerca de 190 milhões de pessoas, manifestando-se em homens e mulheres de todas as idades, inclusive em crianças. Especialistas percebem que a doença aparece principalmente em pessoas na faixa etária entre 20 e 40 anos, mas pode surgir em qualquer fase da vida, com pico após os 50 anos. Quem sofre desse mal relata que o desconforto físico, além do incômodo de ter a pele descamando, não poderia ser sensação mais dolorosa. Mas especialista destaca que alguns cuidados podem amenizar as crises e melhorar a qualidade de vida.   A dermatologista Maria Fernanda Curi Barra explica que a psoríase é uma inflamação crônica que, quando presente na pele, se caracteriza pela presença de lesões avermelhadas e que descamam. “No tipo mais comum, chamada de Vulgar, ou em placas, observada em 90% dos doentes, ocorre o aparecimento de placas, às vezes com descamação brancacenta prateada, de limites bem definidos, de vários tamanhos, geralmente nos membros, como a dobra dos cotovelos, dobra dos joelhos, couro cabeludo e região sacral”. Mas não é contagiosa.   A especialista destaca que ela pode aparecer nas articulações, gerando a forma que pode comprometer as articulações. “O diagnóstico geralmente é feito pelo exame clínico e, quando necessário, com a realização de biópsia, retirando-se parte da pele atingida, para avaliação da doença”.   Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história na família. “A causa da psoríase é desconhecida, mas a predisposição é geneticamente determinada”, destaca Maria Fernanda. “Existem alguns fatores que desencadeiam ou exacerbam a psoríase, com traumas cutâneos de diversas naturezas — seja químico, físico ou elétrico —, infecções, certas medicações, como corticoides, lítio, betabloqueadores, anti-inflamatórios; estresse emocional. Todos eles podem influenciar no desenvolvimento desse mal”, completa.   Tratamento. Apesar de não ter cura, a dermatologista afirma que há formas de controlar a manifestação. “Além de hidratação com cremes potentes, podemos associar derivados do alcatrão, ureia e outras substâncias”. Por via oral, medicações imunossupressoras evitam que o corpo aja contra si mesmo, como derivados da vitamina A. “O uso de corticosteroides deve ser cauteloso, pois a suspensão da medicação pode piorar o problema”, destaca a especialista, lembrando que o tratamento deve ser feito com orientação.   Maria Fernanda indica cuidados simples no dia-a-dia para amenizar as crises. Um deles é tentar evitar estresse, preocupação e nervosismo. “Se possível, tomar um pouco de sol no início da manhã ou fim da tarde. É fundamental seguir as recomendações dadas pelo dermatologista, tanto em relação ao uso de tópicos como aos cuidados gerais do dia-a-dia”, esclarece.  

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