Dentro das ações dos cuidados paliativos, o suporte psíquico-espiritual e social é elemento de indissociável relevância
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Pediatra Jussara Silva Lima diz que o cuidado paliativo é o resgate de um tratamento como um todo do paciente
Muito se fala em tratamento humanizado. Mas será que sabemos o verdadeiro significado? Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), se entende por cuidados paliativos as ações voltadas para a melhor qualidade de vida dos pacientes e familiares que enfrentam problemas associados às doenças crônicas ou que ameacem a vida.
Esses cuidados podem acontecer através da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, promovendo o controle da dor e diminuição de outros possíveis sintomas de difícil controle.
“Esse é o resgate de um tratamento como um todo do paciente. O fato de estar com uma doença grave, em que se faz cuidados paliativos, não significa que o paciente vá morrer, mas significa que ele está em um processo crítico em que a pessoa precisa ser acolhida de forma integral: mentalmente, fisicamente e espiritualmente, tendo em vista a fragilidade que ele se encontra”, explica Jussara Silva Lima, pediatra, fundadora e coordenadora da Liga de Cuidados Paliativos em Pediatria da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM).
A médica ressalta que não só o paciente precisa desta atenção, mas também os familiares. “A família adoece junto com o parente nos processos, por isso é necessário estar atento também à qualidade de vida de quem cuida”, aponta Jussara.
Resolução sobre Política Nacional de Cuidados Paliativos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) reconhece práticas de cuidados paliativos no rol de procedimentos cobertos por planos de saúde particulares.
“Todos os profissionais são importantes no processo de cuidados paliativos, tendo em vista que nenhum sobrepõe ao outro, muito pelo contrário, ajuda as pessoas a enfrentarem a dor levando um pouco de conforto para o paciente e aos parentes”, conclui.