A escalada da dengue tem deixado um cenário preocupante em Minas Gerais. Uberaba, por si só, já conta 2.309 casos suspeitos, sendo 53 confirmados. São três mortes em investigação, inclusive a de uma criança de sete anos, que veio a óbito na sexta-feira (22). A situação é agravada com o aumento na taxa de transmissão da Covid-19, que está em 1,17 e conta com 1.095 casos ativos atualmente na cidade, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem (26).
As duas doenças são virais e possuem sintomas iniciais muito similares, entre eles a dor no corpo, mal-estar e febre. Em entrevista recente à Rádio JM, a infectologista Cristina Barata informou ainda que alguns pacientes podem ter diarreia, outros vômitos e exantema, ou seja, manchas avermelhadas pelo corpo.
E, com um panorama tão perigoso, fica a pergunta: como diferenciar os sintomas da dengue e da Covid?
Segundo Cristina Barata, a Covid ainda é um quadro predominantemente gripal. "Algumas diferenças sutis, a Covid ainda é um quadro respiratório, é uma infecção respiratória. Então, a gente vai ter mais sintomas gripais. Eu vou ter a coriza, que é o nariz escorrendo, vou ter dor de garganta, aquela cefaleia. A dor no corpo não é a mialgia, aquela coisa de quebrar ossos que a gente chama da dengue. Você quer ficar deitado, quer ficar quieto, mas isso são coisas que, às vezes, no início, são todas muito parecidas”, esclarece.
A infectologista ainda esclarece que o tratamento para as doenças é igual e consiste em medicação para inibir os sintomas, como as dores de cabeça e no corpo, além do enjoo, hidratação e repouso. “Depois de algum período, a dengue vai realmente manifestar em relação a alguns exames laboratoriais. A chikungunya vai à articulação, vai ter muita dor, o sintoma principal é dor nas articulações. A pessoa às vezes fica até incapacidade de andar, de fazer alguma atividade manual, por intensa dor”, analisa.