De seis empresas consultadas pelo JM Online, quatro relataram que não houve aumento na procura dos materiais
Já são 13 casos suspeitos de coronavírus no Brasil, incluindo um em Minas Gerais. As estatísticas foram atualizadas nesta sexta-feira (31). Em Uberaba, os dados não se converteram no aumento das vendas de álcool em gel ou máscara nas farmácias. De seis empresas consultadas pelo JM Online, quatro relataram que não houve aumento na procura dos materiais.
Quem retrata esse número é Wisner Martins, proprietário de um dos estabelecimentos na cidade. Ele revelou ainda não notar “nenhuma diferença na procura pelos itens”.
Na mesma linha, encontra-se Dulce Helena, também proprietária de drogaria. “Continuo vendendo a mesma quantidade de álcool em gel. Ou seja, quem está comprando são as pessoas que já se preocupavam em ter o produto”, comentou.
Outras duas redes de farmácia com lojas espalhadas pelo território nacional também disseram não ao aumento nas vendas dos produtos.
Na contramão, Soraia Ferreira Evangelista, farmacêutica da Compre Certo, pontuou que a saída do álcool em gel subiu cerca de 30%. “Fizemos, inclusive, uma exposição do produto nos balcões”, revelou.
Em contrapartida, o empresário Fernando Xavier notou adição em torno de 20% no comércio das máscaras. “Antes, não se falava em usá-la para isso. Estamos fazendo pedidos para aumentar nosso estoque e não faltar em nenhum momento”, adianta-se.
Também em entrevista ao JM Online, a infectologista Danielle Borges Maciel avaliou que a máscara é parcialmente eficaz na prevenção contra o coronavírus. Conforme ela, o objeto é útil na proteção contra o contato com gotículas de saliva contaminadas. “Quando conversamos, a gotícula pode chegar a até um metro de distância. A máscara, nesse caso, tem a intenção tanto de prevenir a saída dessa gotícula quanto o contato com ela”, exemplifica, ressaltando a importância da higienização das mãos. Porém, adverte a médica, “se a pessoa usar a máscara, mas levar a mão contaminada à boca, ao olho e ao nariz, não vai adiantar nada”.