alerta é de especialistas do instituto, que destacaram os avanços no combate a esse tipo de câncer
Foto/Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O rastreamento é feito através do teste do reflexo vermelho, conhecido também como teste do olhinho
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) oferece, desde 2012, um tratamento capaz de preservar a visão de 80% das crianças que apresentam o câncer de olho chamado retinoblastoma. Para que a terapia tenha mais chances de sucesso, no entanto, é fundamental diagnosticar a doença precocemente.
O alerta é de especialistas do instituto, que destacaram os avanços no combate a esse tipo de câncer, considerado o mais frequente nos olhos das crianças. Apesar disso, o retinoblastoma é raro e afeta uma a cada 17 mil crianças nascidas vivas.
A tecnologia trazida ao Inca, entre 2011 e 2012, foi desenvolvida no Japão na década de 1990 e chegou a países ocidentais há cerca de 15 anos. Em vez de sessões de quimioterapias que afetam todo o corpo, o tratamento consiste em inserir com um cateter uma quimioterapia localizada que afeta apenas o olho da criança.
Oncologista pediátrica do Inca, Nathalia Grigorovski, explica que o tratamento é recomendado quando não há a indicação de cirurgia e tem uma série de vantagens, além da eficácia.
“O avanço está na possibilidade de fazer um tratamento muito localizado, que não se espalha pelo corpo e não tem aqueles malefícios da quimioterapia, quando é feita por via venosa. Não tem enjoo, queda de cabelo, a baixa da imunidade e tem uma eficácia muito grande, já que a concentração da quimioterapia se restringe à área do olho”.
A chefe do serviço de oncologia ocular do Inca, Clarissa Mattosinho, destaca que o tratamento permitiu aumentar de 20% para 80% a preservação da visão das crianças após a doença, que precisa ser precocemente diagnosticada.