Segundo o ministro Marcelo Queiroga, a variante requer acompanhamento
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou nesta quinta-feira (15) os primeiros casos da variante “Deltacron” no país, um no Pará e outro no Amapá. A variante da Covid-19 seria uma mistura de outras duas já conhecidas — a Delta e a Ômicron.
"Essa variante seria uma junção da ômicron com a delta, né? Deltacron, que tem mais na França e alguns outros países da Europa. Nosso serviço de vigilância genômica já identificou dois casos no Brasil. Um no Amapá, outro no Pará. E nós monitoramos todos esses casos, isso é fruto do fortalecimento da capacidade de vigilância genômica no Brasil", afirmou o ministro a jornalistas nesta manhã.
Queiroga afirma que é uma variante de importância, que requer monitoramento, como todas as outras que já foram identificadas no Brasil. Além disso, o ministro voltou a pedir que a população se vacine contra a Covid-19. “As medidas são as mesmas, e se eu tivesse, meu amigo e minha amiga que me ouve, que indicar uma medida, é a aplicação da dose de reforço. Aplicar a dose de reforço é importante, completou Queiroga.
Estudo preliminar divulgado na última quarta-feira identificou três pacientes na França com a chamada “Deltacron”, uma recombinação de duas variantes do coronavírus. O estudo, no entanto, ainda não foi publicado por revistas científicas, tampouco revisado por outros especialistas.
Segundo a agência Reuters, outras duas infecções foram identificadas nos Estados Unidos. Além disso, ao menos 12 infecções da “Deltacron” teriam sido relatadas em países europeus desde janeiro. Os casos devem continuar sendo monitorados pelas autoridades mundiais de saúde, mas ainda é cedo para definir sobre sua transmissibilidade.
A variante surge no país no momento em que diversas unidades da federação flexibilizaram o uso da máscara de proteção facial, como é o caso de Minas Gerais — Uberaba, inclusive, onde o item teve uso desobrigado em ambientes abertos desde sábado (12). A medida, no entanto, tem como base a evolução da vacinação nos municípios e só pode ser adotada em Minas onde ao menos 80% da população tiver o ciclo vacinal completo e 70% do reforço aplicado. Para ambientes fechados permanece a obrigatoriedade.