Avisos vão alertar consumidores sobre o armazenamento do produto, que pode transmitir as bactérias da doença
A partir deste mês, embalagens de ovos comercializados no país deverão conter frases sobre o consumo e preparo do alimento que ensinem a população a se prevenir da contaminação por salmonela. Avisos vão alertar consumidores que devem ficar atentos quanto ao armazenamento do produto, que pode transmitir as bactérias da doença. De acordo com a bióloga Ivone Maria de Melo Carneiro, da Gerência Regional de Saúde, a ação foi divulgada pela Resolução nº 35, de 18 de junho de 2009. A medida prevê que empresas que comercializam alimentos têm até o dia 17 de dezembro para disponibilizar nos rótulos e embalagens informações para prevenção contra a bactéria salmonela. Entre as recomendações, evitar o consumo de ovos que não contenham o registro dos órgãos que fiscalizam alimentos. As siglas são IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), SIF (Serviço de Inspeção Federal), SIE (Serviço de Inspeção Estadual) e SIM (Serviço de Inspeção Municipal). “A Anvisa também pede que se coloque nas embalagens que o consumo do ovo cru ou mal cozido pode causar danos à saúde. É preciso que o cozimento atinja 74 graus ou fique no fogo por cerca de 15 min. No caso da fritura, que seja suficiente para garantir uma gema endurecida”, destaca Ivone. Manter os ovos preferencialmente refrigerados, ou seja, entre cinco e dez graus, pois é o ambiente que impossibilita a proliferação das bactérias da salmonela. “Outra recomendação é lavar bem as mãos antes de preparar qualquer tipo de alimento”, completa a bióloga. Salmonelose. A intoxicação pela bactéria conhecida como salmonela atinge pessoas de qualquer idade. A maioria dos pacientes infectados por salmonela desenvolve diarreia, febre e cólica abdominal entre 12 e 72 horas depois da infecção, sintomas que podem prevalecer por cerca de 4 a 7 dias e recuperáveis sem a necessidade de tratamento. Mas a infecção pode se espalhar pela corrente sanguínea e ser fatal, caso a pessoa não seja tratada com antibióticos pelo médico. Idosos, crianças e imunodeficientes têm mais probabilidade de desenvolver casos graves.