Esther Luisa Hercos Fatureto, explica que um problema que deve ser ressaltado é o de que empresas tenham atenção às avaliações periódicas dos seus motoristas profissionais
A especialista em Medicina do Tráfego, Esther Luisa Hercos Fatureto, explica que um problema que deve ser ressaltado é o de que empresas tenham atenção às avaliações periódicas dos seus motoristas profissionais. “Empresas de ônibus e transporte sérias devem avaliar seus motoristas anualmente, não podem esperar o exame de Detran a cada 5 anos. Já atendi motorista de ônibus urbano com 20% de visão que conduzia milhares de pessoas pelas ruas de Uberaba. Deveria fazer parte do contrato com a prefeitura a realização desses exames anualmente”. O objetivo dos médicos do tráfego é ser informador da população. “Sobre como tentar reduzir o número de acidentes de tráfego ou como diminuir a gravidade dos que acontecem, é importante alertar os médicos peritos examinadores do Detran da sua função, pois nos tornamos co-responsáveis pelo condutor quando o liberamos para as ruas”, explica. A especialista lembra que não é um simples exame, mas um selecionador de quem tem menos chance de causar acidentes. “Pelo menos é o que se tenta. Ao mesmo tempo, lembramos que é também responsabilidade de cada um que sai da clínica e da população”, completa. A especialista informa que todo cidadão pode e deve levar sugestões por escrito aos órgãos de trânsito, além de cobrar pelas respostas aos seus questionamentos. “No Código de Trânsito Brasileiro não constam somente punições, mas direitos que desconhecemos e nunca usamos. Será que alguém sabe se deve levar essas queixas à Sestran ou Seplan? Onde estão estes órgãos? Como são usados os recursos das multas de trânsito? Deveriam ser usados para melhorar a segurança e a educação no trânsito; está no Código Nacional de Trânsito”, conclui.