SAÚDE

Entenda os riscos da automedicação para a saúde

A ingestão de remédios sem orientação médica causa problemas decorrentes e leva milhares de pessoas aos hospitais todos os anos

Publicado em 14/12/2019 às 16:28Atualizado em 18/12/2022 às 02:48
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A automedicação sem informação e orientação pode provocar reações indesejadas que prejudicam a saúde e agravar a doença que está sendo tratada, segundo especialistas.

De acordo com o toxicologista Anthony Wong, do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP), a automedicação pode ser feita de um jeito responsável. O grande problema é a autoprescrição: “tomar ou indicar para outras pessoas um remédio sem o devido conhecimento técnico”, define.

O uso de medicamentos de forma irresponsável é a causa de 60% das internações hospitalares em todo o mundo, afirma o especialista. Ele acrescenta que entre 3% e 20% dos eventos adversos de tratamentos são causados por reações a medicamentos.

“Os [efeitos adversos] mais frequentes já são esperados, ocorrem em 97% dos casos. Eles atingem a pele, causando coceira, urticária [lesões salientes e avermelhadas] e manchas”, diz Wong. “Em segundo lugar, estão as dores abdominais, diarreia e sonolência”, acrescenta.

Já os eventos raros e inesperados dependem de vários fatores, inclusive a genética. Neste grupo estão a convulsão, parada cardíaca e choque anafilático – uma reação alérgica grave que surge após segundos de contato com uma substância alérgica, ela causa hemorragia e pode matar.

Por sua vez, Patricia Moriel, professora do curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp ) Universidade Estadual de Campinas), diz que a automedicação é necessária, embora possa virar um transtorno.

“Imagine se por qualquer dor de cabeça as pessoas recorressem ao médico, os serviços de saúde não suportariam a demanda”, afirma.

De acordo com a especialista, crianças e idosos são mais propensos a ter reações a medicamentos por causa do metabolismo.

“Os idosos excretam medicamentos mais devagar porque o rim trabalha mais lentamente, então o remédio fica mais tempo no sangue e o risco de toxicidade é maior”, esclarece.Fechar anúncio

Em relação à toxicidade, Patricia observa que os medicamentos mais perigosos são analgésicos e antitérmicos. No topo da lista estão dipirona, paracetamol, aspirina e hibuprofeno.

“O paracetamol é extremamente tóxico para o fígado. Pessoas que fazem um consumo regular de bebida alcoólica e tomam esse remédio podem ter toxicidade hepática”, exemplifica.

*Com informações R7

 

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