O estresse e as tensões do dia-a-dia são as causas mais frequentes das dores de cabeça. Incômodas, atrapalham o rendimento e diminuem a qualidade de vida de milhões de pessoas, não escolhendo idade nem sexo. A dor de cabeça é um mal extremamente comum e, ao mesmo tempo, difícil de ser definido. Segundo o neurologista Emerson Milhorin Oliveira, existem diversos tipos de dores. “As mais frequentes são a popularmente chamada de enxaqueca e a dor do tipo tensão”. Cada uma com sintomas diferentes. “A enxaqueca é uma dor em episódios, podendo durar horas ou até dois dias”. E não são sintomas de um problema grave. “É uma dor latejante, pulsátil ou em pontadas e pode ser de um único lado da cabeça, ou dos dois. Costuma vir acompanhada de náuseas e até vômitos, turvação visual, tonturas e ser desencadeada por odores, alguns alimentos e/ou bebidas que passam por processo de fermentação”. Na tensional, a dor é originada na tensão, na contração muscular de ombros, nuca e músculos que sustentam a coluna. “É uma dor como um aperto ou peso, que envolve toda a cabeça, podendo predominar atrás da cabeça e na nuca ou refletir na frente”. Nesta, não há náuseas e vômitos, sendo uma dor menos intensa que a enxaqueca, explica o especialista. Para Milhorin, uma não leva à outra, mas ambas estão relacionadas a um fator cada vez mais comum: o estresse. “Ele é desencadeador e ‘perpetuador’ das enxaquecas. Depressão, insônia e ansiedade também”. Para evitá-las, o fundamental, segundo o neurologista, é melhorar a qualidade de vida. Por ter causas variadas para cada um, o importante é identificar o que está relacionado à dor, como alimentos gordurosos. “Defumados, salsichas, queijos, iogurte e chocolate são alguns deles”. O médico explica que, para as dores tensionais e enxaquecas, o tratamento é variável, mas basicamente consiste em medicamentos que previnam e aliviem rapidamente as dores. “São indicados relaxantes musculares e analgésicos”. Mas o neurologista faz um alerta. “O uso abusivo de analgésicos pode piorar o quadro, com dores mais intensas e frequentes”. Por isso, Milhorin orienta evitar a automedicação. “Se as dores passarem a ser contínuas, crônicas ou mesmo muito frequentes, o uso de analgésicos vai atrapalhar mais do que ajudar. Quando há piora do quadro ao longo do tempo, deve-se procurar um especialista para que seja estabelecida a melhor forma de tratamento”, conclui.