SAÚDE

Férias? Veja como evitar casos de intoxicação alimentar no verão

Especialista alerta que petiscos, principalmente de frutos do mar, comprados na praia podem colocar a saúde em risco

Publicado em 30/12/2019 às 11:43Atualizado em 18/12/2022 às 03:09
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Época de férias e viagens faz com que muitas pessoas mudem alguns hábitos alimentares. Comer fora de casa e em estabelecimentos desconhecidos aumenta o risco de contrair uma infecção por conta de algum ingrediente contaminado.

A intoxicação alimentar, que pode causar infecção e em casos mais graves pode evoluir para infecção generalizada, afirma o gastrocirurgião Eduardo Grecco, membro da ABE (Association for Bariatric Endoscopy).

A intoxicação alimentar acontece devido à contaminação dos alimentos por bactérias, vírus e substâncias tóxicas.

“O mais comum são as bactérias”, afirma Grecco. Shigella e salmonela são as que, normalmente, se proliferam em alimentos. A e.coli é uma bactéria presente no intestino dos seres humanos, a contaminação acontece por falta de higiene das mãos.

Um terceiro tipo de intoxicação comum é a causada pela toxina botulínica, que está presente na embalagem dos alimentos. “Latinhas amassadas e tampa da embalagem de palmito enferrujada são os casos mais comuns”, explica o gastrocirurgião.

Atenção na praia

No verão os casos são mais frequentes. É importante tomar cuidado com frutos do mar e peixes vendidos na praia.

“Precisam estar bem refrigerados. A pessoa pode preparar em casa e leva em um isopor com gelo. O alimento aguenta cerca de quatro horas dessa maneira”, sugere o médico.

Quando for comer fora Grecco indica que verifique o ambiente do restaurante. Em caso de bufês e self-service, o local onde as comidas ficam expostas precisa ser refrigerado.

“Precisamos estar atentos às carnes cruas e malpassadas, derivados de leites e ovos. Maionese e sushi no bufê são os principais vilões”, afirma.

Quase aliados

O limão e o vinagre podem ajudar a conservar os alimentos por mais tempo, já que criam um ambiente ácido que não permite a proliferação das bactérias.

“Se já estiver contaminado, não vai adiantar, mas pode ajudar a não contaminar. Pode colocar [o limão] na salada, no peixe e no camarão”, explica.

Por outro lado, as bebidas alcoólicas podem prejudicar o quadro caso aconteça uma intoxicação.

“O álcool que capaz de matar bactérias é o puro, usado para limpeza. Como as bebidas alcoólicas desidratam, elas vão piorar a situação do paciente”, afirma.

Sintomas

Apesar de causada por agentes diferentes, os sintomas da intoxicação alimentar são praticamente os mesmos em todos os casos: diarreia, febre, dor abdominal, náuseas e vômito.

Sempre que a diarreia persistir (a partir da segunda vez) é necessário ir ao médico para que ele diagnostique a gravidade do caso. O gastrocirurgião orienta que se a diarreia não estiver muito intensa, o ideal é não tomar remédio para interrompê-la.

Segundo Grecco, enquanto a pessoa não chega no hospital é importante manter a hidratação. “Muita água, isotônicos e soro caseiro para crianças”, afirma. O soro é feito com uma pitada de sal e uma colher de chá de açúcar para um litro de água.

*Com informações R7

 

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