Minas Gerais registra queda no número de casos, mas doença, que é transmitida pelo contato físico, ainda tem casos em investigação
A maior parte dos casos foi registrada entre julho e setembro de 2022 (Foto/Getty Images)
A queda no número de casos de monkeypox, a varíola dos macacos, em Minas Gerais, não pode ser entendida como possibilidade de relaxamento no enfrentamento à doença. É o que afirma o médico infectologista Leandro Cury. Segundo o especialista, a população precisa continuar com os cuidados necessários, principalmente em períodos festivos, como o Carnaval. "Assim como outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), a varíola dos macacos também é transmitida pelo contato humano. Se você tem contato com um folião que esteja com a doença, você pode se contaminar pelo simples contato, como um abraço ou outro gesto semelhante", justifica.
Conforme o último boletim epidemiológico de Belo Horizonte, publicado no dia 8 de fevereiro, a capital teve um caso confirmado da doença neste ano. Outros 22 foram descartados e sete seguem em investigação. Deste total de 30 casos notificados, 19 foram entre homens e 11 entre mulheres. Em Minas Gerais, foram 12 casos confirmados neste ano, até o dia 6 de fevereiro. Tanto na capital quanto em todo o Estado, não foram confirmados óbitos pela doença.
"É uma doença que parece mitigar. As pessoas se contaminaram muito entre julho e setembro do ano passado, depois que o número de casos caiu. Mas a gente precisa lembrar que é uma doença que fez vítimas e que a maior parte delas estava com a imunidade baixa", explica Leandro Cury. Ainda de acordo com o médico infectologista, a população não deve criar pânico por causa da doença, mas precisa observar os sintomas e adotar os cuidados necessários. "Isso é muito importante. Não precisa ser um motivo de preocupação, mas de atenção. Ainda existem muitos casos suspeitos e tem muita gente, inclusive profissionais da saúde, que não sabem lidar com essa patologia", aponta.
A varíola dos macacos é uma doença infecciosa causada pelo vírus Monkeypox. Em maio do ano passado, um surto da doença ocorreu em vários países, onde usualmente não existiam casos, dentre eles o Brasil. A primeira morte no país foi registrada no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte. A vítima foi um homem de 41 anos com graves problemas de imunidade.
Sintomas
Os sintomas iniciais do Monkeypox são semelhantes aos da gripe e podem incluir: Febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, aumento de linfonodos ("ínguas"), calafrios, cansaço.
Transmissão
A doença pode ser transmitida através de contato próximo com pessoas que estejam apresentando os sinais e sintomas. Esse contato pode ser:
Pele a pele, especialmente através do contato com as lesões
Face a face, através de gotículas liberadas durante a fala e respiração
Com objetos, ao tocar roupas de cama, toalhas, roupas ou outros objetos contaminados
Fonte: O Tempo