A Organização Mundial da Saúde considera o burnout como um problema diretamente ligado ao trabalho. Ele é uma síndrome resultante de estresse crônico e necessariamente tem origem no ambiente de trabalho.
A síndrome pode ser decorrente de uma carga horária excessiva, falta de reconhecimento dos chefes ou de um cansaço profundo, por exemplo, que não se resolve apenas com descanso ou férias. Outros fatores que podem desencadear o burnout no trabalho são; excesso de responsabilidades, pouca autonomia para tomar decisões, falta de justiça e conflitos de valor
Entre os sintomas estão; cansaço excessivo físico e mental, dor de cabeça frequente, alterações no apetite, insônia, dificuldades de concentração e alteração nos batimentos cardíacos. Por ter sintomas parecidos com os da depressão e da ansiedade, a síndrome muitas vezes não é identificada corretamente.
O consultor do Bem-Estar Daniel Barros explica alguns perfis são mais propensos a ter um burnout. “A gente pensa que quem tem burnout é o funcionário que não está nem aí, que não gosta do trabalho. Entretanto, é ao contrário. Quanto mais empolgado, quanto mais idealista, maior é o risco de sofrer burnout”, alerta o psiquiatra.
Como o burnout é uma situação ligada ao trabalho, o ideal é trabalhar em cima do problema. “Precisa identificar a falha, a relação da pessoa com o trabalho e fazer o manejo. A pessoa pode voltar, eventualmente, para o mesmo trabalho, com algumas adequações”.
A psicoterapia é o tratamento mais comum, mas o médico psiquiatra pode também prescrever medicamentos como antidepressivos e ansiolíticos.
Parte do tratamento consiste em mudar as condições do trabalho que levaram a pessoa à exaustão profunda. Também costuma-se recomendar atividade física regular, atividades de lazer, passar mais tempo com familiares e amigos, e exercícios para aliviar a tensão, por exemplo.
Sono adequado, atividade física regular, exercícios de meditação também são bem-vindos. Tudo o que pode diminuir o estresse, consequentemente pode diminuir o risco de Burnout.
*Com informações do G1