SAÚDE

Gagueira pode ser evitada com informação

Publicado em 28/10/2009 às 10:21Atualizado em 20/12/2022 às 09:48
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O gago é sempre motivo de piada nas rodas de conversa e essa situação gera sérias dificuldades de convívio e mesmo de solução do problema para ele. Porém, apesar de não ser alarmante, as estatísticas sugerem que este é um caso de preocupação. Isso porque a população brasileira é de cerca de 192 milhões de pessoas e, segundo o Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), a incidência da gagueira no Brasil é de 5%, ou seja, 9,5 milhões de brasileiros sofrem do problema de forma crônica. A população em geral tem pouco conhecimento sobre a disfluência, conhecida como “gagueira”, e por isso, muitas vezes, enfrenta dificuldades no ambiente social, sofrendo preconceito na hora de uma entrevista de emprego, no trabalho ou mesmo dentro da família.   De acordo com Paulina Pális, o fonoaudiólogo é o profissional responsável pela área da comunicação, seja oral, escrita e/ou gestual, desde o aperfeiçoamento da fala e dicção até a área da audição. “A fonoaudiologia é uma profissão relativamente nova no Brasil, tem 28 anos. Muitas pessoas não sabem que existe esse recurso e dos seus benefícios no tratamento de problemas como a gagueira”, destaca a fonoaudióloga. “Mas a demanda vem sendo muito grande dentro dos consultórios. Percebemos que as mães estão procurando por atendimento cada vez mais cedo”, o que favorece a cura em quase 100% dos casos”, diz a especialista.   Paulina explica que a gagueira pode ter várias causas, entre as quais a hereditariedade. “Ela se manifesta em um ou dois casos por geração, mas não necessariamente por causa hereditária. Assim como o contrário também é verdadeiro. Se o pai tem gagueira, não significa que o filho também a terá”.   Tratamento. A gagueira tem tratamento, mas não é através de medicação. “São exercícios de língua, lábios e bochechas, que fortalecem a musculatura responsável pela fala, o que propicia uma articulação adequada para a comunicação”. Segundo a fonoaudióloga, quanto mais severa for a gagueira e quanto mais velha for a pessoa, mais difícil é a busca pela cura. “Entretanto, com os exercícios e o acompanhamento, essa pessoa pode passar a conviver com o problema de tal forma que os outros não percebam que ela gaguejava”, destaca.   Portanto, a especialista faz um alerta aos pais e responsáveis. “Muitas crianças passam por uma fase normal de gagueira aos três anos de idade e é nessa fase em que se fica ou não gago. Então, quando a mãe perceber que a criança está começando a repetir sílabas, ficando ansiosa para falar, é aconselhável que ela procure um fonoaudiólogo, porque às vezes essa criança nem precisa de tratamento, e sim de uma orientação para superar a fase de dificuldade”. Se for necessário o tratamento, as chances de cura serão muito maiores.  

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