O reinício das aulas de cerca de 11 milhões de alunos em três estados brasileiros e no Distrito Federal foi adiado para tentar frear a disseminação do vírus A (H1N1), como é chamada a gripe suína, entre alunos e professores. Ontem, a 57ª morte provocada pela doença foi confirmada no país. Os governos do Distrito Federal, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul decidiram, ontem, prorrogar o recesso escolar de inverno para evitar o avanço da nova gripe. São Paulo já havia prorrogado as férias dos alunos das redes estadual e da capital na terça-feira, 28. Este é o Estado com maior número de vítimas pela doença, com 28 mortes. Já o Paraná, com quatro mortes, e a Paraíba, com uma vítima, não fizeram restrições para o reinício do semestre letivo até o momento. Minas Gerais também descartou o adiamento da volta às aulas. O Ministério da Saúde recomendou aos alunos com sintomas de gripe que evitem retornar às aulas até estarem totalmente recuperados. Problema. Mulheres grávidas infectadas com o vírus H1N1 têm risco elevado de sofrer complicações graves ou morrer, e devem receber tratamento imediato com drogas antivirais, disseram pesquisadores ligados ao governo dos Estados Unidos. Gestantes sempre estiveram expostas a um risco maior de complicações da gripe comum, mas o H1N1 está causando danos excepcionais, disseram os cientistas. Vacinas. Instituto Butantã pretende negociar até segunda-feira, 3 de agosto, a compra de 36 milhões doses de vacinas - metade para gripe sazonal e metade para a Influenza A (H1N1), afirmou Isaías Raw, presidente da Fundação Butantã. O produto serviria para imunizar profissionais de saúde que participam do esforço de combate à gripe suína. “É a prioridade em todos os países”, apontou.