Viagem com crianças (Foto/Divulgação)
Prioridade na lista dos pais, a saúde das crianças ganho foco ainda maior durante o período de férias. De uma picadinha de inseto à superexposição no sol, vários fatores podem transformar um momento de alegria em pesadelo. À Rádio JM, a pediatra Sônia Silva deu dicas para curtir o período de lazer de forma segura.
Sônia Silva explica que para quem já tem viagem programada é importante entrar em contato com o pediatra, principalmente aquele que já possuem alguma doença crônica. Dessa forma, o especialista pode conferir se algo está fora dos padrões e aconselhar de forma precisa para evitar incidentes.
Ela ainda indica que os pais estejam sempre atentos aos filhos, tanto para evitar que pequenos acidentes aconteçam, quanto para perceber quando há algo de errado, como uma picada de inseto ou queimadura solar. Segundo Sônia, no quesito insolação, a maior preocupação deve ser com os bebês. “A gente só usa protetor solar a partir dos seis meses de idade. Então, cuidado com os nossos bebezinhos, que não devem ficar expostos ao sol nessas viagens”, afirma.
Outra preocupação que se torna ainda maior nesta época do ano é em relação à criança sozinha dentro do carro. A pediatra é enfática que criança não deve ficar sozinha dentro carro nem mesmo por um instante. Se com os vidros fechados, pode ocorrer o superaquecimento e desidratação. Com os vidros abertos, pode acontecer da criança tentar sair dali, ou estar sujeita a pessoas de má índole que passem pelo local.
Como nos períodos de férias as crianças ficam muito mais tempo na companhia dos pais, estes podem aproveitar este período para se atentarem mais à alimentação dos filhos. A obesidade infantil é um problema crescente, mas o cuidado da família faz toda a diferença na prevenção e tratamento. De acordo com Sônia, “a subnutrição é um problema de saúde pública, e a obesidade é uma doença que a gente pode desenvolver, dependendo da nossa cultura alimentar”.
Sonia Silva, pediatra em Uberaba (Foto/Divulgação Unimed)
Outra importante observação dos pais, não só em período de férias e viagens, é com relação à vacinação de crianças e adolescentes. Entre elas, a vacina contra a Covid-19.
Sônia Silva lembra que, a princípio, a decisão por vacinar as crianças até cinco anos competia à família. Depois, foi posta pelo Ministério da Saúde como parte do calendário de vacinação, e agora, a instituição vêm discutindo com a classe médica sobre a necessidade da vacina nesta faixa etária.
“Recentemente é que o Conselho Federal de Medicina está pedindo opinião médica em relação aos menores de cinco anos de idade. Ela (a vacina) foi imposta pelo Ministério e ela é muito polêmica, né? Da real necessidade. Não é que ela faça mal, o que a gente tem que pensar de prevenção é efetividade da vacina. É uma faixa etária ainda muito discutida, da eficácia da vacina e da necessidade de que essas crianças tenham de receber a vacina para ajudar na imunização delas”, afirmou a pediatra.