O governo brasileiro afasta, por enquanto, a quebra de patentes como meio de obter a fórmula da vacina contra a gripe suína, quando a produção começar nos países ricos. “Estamos longe da quebra de patentes. Essa opção não se coloca no cenário”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Segundo ele, a aposta do Brasil está no acordo de transferência de tecnologia existente entre o Butantã e o laboratório francês Sanofi-Aventis, maior produtor mundial de vacinas para uso humano. Ontem, antes da reunião dos ministros da Saúde do Mercosul, Chile e Bolívia, Temporão advertiu que o país registrará mais mortes decorrentes do vírus da Influenza A (H1N1) e que não terá condições de suprir os países vizinhos com as vacinas que espera produzir a partir de 2010. O governo brasileiro estaria, ainda, em contato com os laboratórios para averiguar a possibilidade de importar cotas do produto. O ministro brasileiro antecipou que o objetivo do encontro é criar um plano estratégico na América do Sul para o combate à gripe suína, e as doenças que possam surgir no futuro. O México deve se unir ao esforço. Segundo Temporão, o rendimento da vacina contra a gripe suína será bem menor do que o da imunização contra influenza sazonal e a produção brasileira não será suficiente para uma imunização universal.