Um estudo da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, indica que as pessoas que tendem a se preocupar em excesso e a ter constantes “altos e baixos” emocionais têm maior risco de desenvolver asma. Além disso, segundo os autores, aqueles que sofrem conflitos nos relacionamentos, como um divórcio, parecem também ser mais propensos a ter a doença respiratória. Estudos com animais já demonstravam que o estresse crônico altera os níveis hormonais, podendo afetar as vias aéreas de forma a atrapalhar a respiração. E a nova pesquisa, incluindo mais de 5 mil pessoas com idades entre 40 e 65 anos, apontou uma associação entre a asma e o neuroticismo, principalmente em homens, e entre a asma e o fim de um relacionamento entre as mulheres. Em artigo publicado na revista científica Allergy, especialistas destacaram que pessoas com traços de personalidade altamente neuróticos eram três vezes mais propensas a desenvolver asma do que aquelas menos neuróticas, e que a quebra de um relacionamento aumentaria os riscos em mais de duas vezes – mas apenas em mulheres. Por outro lado, o desemprego e a morte de um ente querido não foram associados à doença respiratória.