SAÚDE

Nutrólogo de Uberaba dá dicas para um emagrecimento saudável, sem loucuras

“Embrulhar menos e descascar mais”, diz Eduardo Oliveira sobre o consumo de ultraprocessados

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 18/09/2023 às 11:12
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Nada de dietas mirabolantes ou automedicação. O emagrecimento pode ser um processo mais simples do que é pintado por aí. Em entrevista à Rádio JM, nesta segunda-feira (18), o nutrólogo Eduardo Oliveira desmistificou parte do temor com a perda de quilos na balança e fez um importante alerta sobre o uso de remédios ditos como milagrosos: “medicação tem que ter acompanhamento médico”. 

Eduardo enfatizou a importância de entender que todo alimento pode ser encarado de uma forma positiva. Os carboidratos, por exemplo, de boa qualidade nunca devem ser vistos como vilões da alimentação. Segundo o nutrólogo, o corpo necessita de carboidratos, proteínas e gorduras saudáveis para funcionar adequadamente. Ele exemplificou como a combinação de proteínas e carboidratos, como um pão com ovo no café da manhã, pode ser uma escolha saudável e equilibrada. 

A ideia é manter uma alimentação pautada em fibras e nutrientes durante todo o dia, e evitar o excesso de fast foods e ultraprocessados. “Na hora do almoço, é o arroz, feijão, pedaço de carne, legumes, salada de folhas... que têm sido, inclusive, negligenciadas. As pessoas estão comendo muito fast foods. No lanche da tarde, é interessante adicionar frutas, uma proteína. Hoje temos várias opções, além de carne e ovo, como suplementos proteicos, algo prático, que você pode carregar dentro de uma bolsa e misturar com água”, orienta o médico.

Nutrólogo Eduardo Oliveira (Foto/Arquivo Pessoal)

Ele também fez um alerta importante sobre o uso de medicamentos para emagrecimento. Ele esclareceu que remédios como a Ozempic, que virou febre mundial nos últimos meses, têm indicações e contraindicações específicas e devem ser utilizados somente com acompanhamento médico. O nutrólogo destacou que a busca por resultados rápidos e a pressão social podem levar as pessoas a utilizarem esses medicamentos de forma inadequada, o que pode resultar em complicações para a saúde. 

“A fabricante da Ozempic tem tentado junto com o governo tornar a medicação de receituário especial, controlado. As pessoas veem o colega tendo resultado e querem usar os produtos. E isso pode ser um grande problema. A Ozempic tem indicações e contraindicações. Se a pessoa tiver um problema prévio, ela pode ter complicações. E aí pega aquele exemplo e generaliza para todos. E quem precisa usar, fica com medo. É um medicamento seguro, aprovado, mas que acaba caindo em problemas com esse fenômeno”, avaliou Eduardo. 

Ou seja, a perda de peso não é um bicho de 7 cabeças e nem requer automedicação. O processo está relacionado ao déficit calórico. Em outras palavras, consumir menos calorias do que se gasta. O especialista esclareceu que nenhum medicamento, incluindo a Ozempic, emagrece por si só. O emagrecimento bem-sucedido depende de escolhas alimentares saudáveis e da criação de um déficit calórico por meio de dieta e exercício físico. 

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