Osteoporose, definitivamente, não é uma prerrogativa feminina. Os homens têm chances iguais de sofrer a doença. É o que afirma a endocrinologista e presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM, de São Paulo), Marise Lazaretti Castro. Ela esclarece, no entanto, que a probabilidade de o homem morrer após fratura no quadril é maior do que a mulher. Mas é necessário deixar claro que “não é da fratura em si que o indivíduo morre, e sim porque ele fica acamado, tem trombose, pneumonia e outras complicações. A fratura desencadeia uma série de problemas de saúde que acabam levando à morte”. A mortalidade até 6 meses depois de uma fratura de quadril atinge 23% dos indivíduos. No universo masculino, o grupo de risco para a osteoporose é de homens acima de 70 anos. Geralmente, os homens têm mais dificuldade de reação quando acontece fratura do quadril, por estarem com a saúde mais frágil do que as mulheres dessa mesma faixa etária. Cerca de 15% deles têm osteoporose e não são diagnosticados. “É recomendado um exame de densitometria óssea, a todo homem nessa faixa etária, principalmente aquele que apresenta alterações intestinais, doenças pulmonares crônicas, tabagismo, histórico de álcool, história familiar, aquele que tem baixo peso ou estatura. No entanto, a maioria dos médicos desconhece este problema”, explica a endocrinologista. A especialista alerta que é importante prevenir a doença com uma dieta rica em cálcio, ingestão de vitamina D, exercícios físicos para fortalecer os ossos, abolir o consumo excessivo do álcool e o cigarro e fazer exames preventivos.