Prefeitura de Caxias do Sul (RS) confirmou mais duas mortes em consequência da gripe suína - como é chamada a gripe A (H1N1) - na tarde de ontem. Com isso, chega a três o número de mortes na cidade e 18 no estado. No país, a doença já causou 55 mortes. Apesar da confirmação, a assessoria da prefeitura não forneceu informações sobre as vítimas. Já a Secretaria Estadual de Saúde afirmou não ter sido notificada sobre as novas mortes pelo município. Na tarde de ontem, o estado de São Paulo também confirmou novas mortes causadas pela nova gripe. São mais sete vítimas, totalizando 27 óbitos no estado. Por conta do crescimento dos casos da doença, a Secretaria de Educação de São Paulo prorrogou as férias em todas as escolas da rede estadual. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, a Secretaria Estadual de Saúde informou que 55 grávidas estão internadas em unidades hospitalares com os sintomas da gripe suína. Além disso, ao menos quatro gestantes já morreram com os sintomas da doença no Rio. E no Nordeste, foi confirmada a primeira morte por gripe suína. A direção do hospital Lauro Wanderley, em João Pessoa (PB), informou ontem o caso. Com o aumento da circulação da gripe suína, no inverno, pais de crianças se questionam: devem proibir os filhos de frequentar ambientes coletivos, como igrejas, restaurantes ou mesmo a escola? Os médicos dizem que vale seguir orientação de órgãos governamentais. O ministro José Gomes Temporão (Saúde) recomendou, especialmente a mulheres grávidas, que se evite aglomerações. Para as crianças, esta orientação não foi feita. “Se eu tivesse um filho de seis anos, mandaria ele para a escola. A letalidade dessa gripe não é maior que a da sazonal e não vejo motivo para pânico. Mas, se um pai me disser que está deixando o filho em casa, este é um direito dele. Trata-se de um vírus novo e há muitas dúvidas”, diz David Uip, diretor do Instituto Emílio Ribas.