SAÚDE

Partos em adolescentes caem 30% em dez anos

Publicado em 23/09/2009 às 09:45Atualizado em 20/12/2022 às 10:30
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O número de partos realizados na rede pública de saúde em meninas entre 10 e 19 anos caiu 30,6% nos últimos dez anos. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2008, foram feitos 485,64 mil partos, contra 699,72 mil em 1998. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a redução ultrapassou 35%. A queda na quantidade de adolescentes grávidas no Brasil deve-se, principalmente, ao acesso às políticas de prevenção e orientação sobre saúde sexual.    Os postos de saúde no país disponibilizam, gratuitamente, métodos contraceptivos. A compra pelo Ministério da Saúde de preservativos masculinos, por exemplo, chegou a um bilhão em 2008, a maior realizada por um governo no mundo. Grande parte dessa leva é distribuída em campanhas, como as do carnaval, que tem os adolescentes e os jovens como alvos. Antes do carnaval de 2009, foram entregues aos estados 19,5 milhões de preservativos.   O aumento no número de equipes de Saúde da Família também reflete no acesso a informações sobre o planejamento familiar nas comunidades da capital e cidades do interior. Atualmente, esses profissionais atendem 49% da população, levando aos adolescentes e jovens das cidades atendidas informações sobre prevenção de gravidez, saúde sexual e reprodutiva. Em 2000, o índice de cobertura era de 15,7%. O total de equipes trabalhando em todo o país saltou de 7,6 mil para 29,7 mil nos últimos nove anos.   Resultados. “Por causa dessas iniciativas, meninas e meninos estão mais informados sobre saúde sexual e reprodutiva e têm mais acesso a preservativos e métodos contraceptivos”, afirma a coordenadora da área de Saúde do Adolescente e do Jovem do Ministério da Saúde, Thereza de Lamare. Ela destaca ainda como sendo fundamentais na redução do número de partos entre adolescentes os programas que unem saúde e educação, como Saúde nas Escolas e Prevenção e Saúde nas Escolas.   Essas duas iniciativas levam aos alunos da rede pública informações sobre puberdade, saúde reprodutiva, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e sexo seguro. “Um dos grandes desafios nessa área é educar e orientar o jovem”, destaca Thereza de Lamare. Com o intuito de melhorar o acesso dessa parcela a informações sobre saúde, o Ministério da Saúde realiza, desde ontem, 22 de setembro – Dia Nacional da Juventude, uma série de ações para incentivar o adolescente a procurar os serviços de saúde.  

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