Estudo divulgado na sexta-feira (29) pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) afirma que a prática de exercício físico é benéfica no combate ao câncer. O dado foi divulgado durante o seminário “Atividade física no controle de câncer: recomendações e impactos econômicos no SUS”. De acordo com a pesquisa, cerca de R$20 milhões em tratamento contra o câncer de mama, intestino grosso e endométrio podem ser reduzidos, em 2040, com o incentivo à prática como forma de prevenção à doença.
Ainda, segundo a pesquisa, para prevenir a manifestação da doença, um terço dos brasileiros deve realizar cerca de 150 minutos de exercícios físicos por semana até 2030, em atividades moderadas. A estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS) implica que, até o ano de 2030, 27 milhões de pessoas devem desenvolver algum tipo de câncer. Desse quantitativo, 17 milhões de pessoas devem morrer pela doença.
A organização ainda explica que a maior incidência deve ocorrer em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde o câncer é a segunda maior causa de morte por doenças. Entre o triênio de 2020/2022, o Inca estima que 625 mil brasileiros devem descobrir novos casos de câncer, sendo a obesidade o principal fator de risco para o desenvolvimento de 11 dos 19 tipos mais frequentes na população brasileira.
Segundo o pesquisador Fabio Carvalho, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do Inca, em 2019, a prevalência da atividade física insuficiente no lazer diminuiu de 92% para 70% em homens e de 94% para 77% em mulheres. No entanto, Fabio observa que a prática é insuficiente. “O cenário que fica mais favorável na perspectiva de economia de recursos seria reduzir em 10% a prevalência. Dá para dizer que é uma meta factível, porque isso seria em dez anos”.