De acordo com relatórios do Centro de Referência em Saúde Eurico Vilela, a maioria dos doentes é composta de pessoas de baixa classe social, alcoólatras, usuários de drogas, portadores de HIV, diabéticos, usuários de corticoide ou portadores de outras doenças crônicas associadas. No entanto, a doença não é tão restritiva assim quanto se imagina.
Segundo o infectologista responsável pelo setor de referência em tuberculose do centro, Vitor Guilherme Maluf, a tuberculose pode atingir pessoas que não se enquadram nesse perfil. “Os principais sintomas são tosse em mais de três semanas; febre, geralmente no final da tarde; suores noturnos; perda de apetite e de peso. Nesse caso, é preciso procurar qualquer unidade de saúde, pois pode ser tuberculose pulmonar”, alerta. O ideal é que a própria população exponha a dúvida aos profissionais de saúde para facilitar o diagnóstico.
Atualmente, a maioria dos pacientes diagnosticados é de pessoas que procuram espontaneamente o Centro de Referência em Saúde ou vêm encaminhados de consultórios particulares, do Hospital de Clínicas da UFTM ou Hospital Universitário da Uniube, das Unidades de Pronto Atendimento (UPA). Poucas vêm pelas equipes dos Programas de Saúde da Família (PSF). Quem tiver dúvida pode procurar o Centro de Saúde Eurico Vilela, que fica na rua Treze de Maio, nº 96, ou obter informações pelo 3316-1909.
Devido a problemas com a baixa adesão ao tratamento contra a tuberculose, que pode durar de seis meses a um ano ou mais, dependendo da responsabilidade com a terapia, o especialista explica que, hoje, a medicação é feita por dose supervisionada, ou seja, ou a equipe de saúde da família vai à residência do doente e dá o remédio ou ele procura o centro de referência para tomar o medicamento, de segunda a sexta-feira. (TM)