SAÚDE

Pouca massa muscular em braços e pernas pode indicar risco para idosos

Estudo mostrou que mortalidade é quase 63 vezes maior em mulheres com pouca massa magra nos membros

Publicado em 04/07/2019 às 17:23Atualizado em 17/12/2022 às 22:14
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O curso de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) realizou pesquisa com pessoas com mais de 65 anos para estimar longevidade. Depois de acompanhar um grupo de 839 idosos ao longo de aproximadamente quatro anos, os pesquisadores observaram que o risco de mortalidade geral durante o período foi quase 63 vezes maior entre as mulheres com pouca massa muscular apendicular.

Entre os homens que já na primeira avaliação apresentavam baixa porcentagem de músculos nos membros, a chance de morrer foi 11,4 vezes maior.

“Avaliamos a composição corporal da nossa população, com ênfase na massa muscular apendicular, gordura subcutânea e gordura visceral. Em seguida, buscamos identificar quais desses fatores poderiam predizer a mortalidade nos anos seguintes. A quantidade de massa magra nos membros superiores e inferiores foi o que mais se destacou na análise”, diz Rosa Maria Rodrigues Pereira, professora da Disciplina de Reumatologia FM-USP e coordenadora da pesquisa.

Os voluntários foram selecionados com base nos dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se de uma amostra representativa da população de idosos do Brasil.

Na análise final foram incluídos 323 (39%) homens e 516 mulheres (61%). A frequência de baixa massa muscular nessa amostra foi em torno de 20% em ambos os sexos.

A perda generalizada e progressiva de massa muscular associada ao envelhecimento é conhecida como sarcopenia. Dados da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia indicam que a condição chega a afetar 46% dos indivíduos acima de 80 anos.

Principalmente quando combinada à osteoporose, a sarcopenia pode aumentar a vulnerabilidade dos idosos, tornando-os mais propensos a quedas, fraturas e outros traumas físicos. A relação entre baixa densidade mineral óssea no fêmur e mortalidade foi também demostrada em estudos feitos com essa comunidade, publicados em 2016.

A boa notícia é que a sarcopenia é um problema que pode ser evitado e até mesmo revertido com a prática de exercícios físicos, principalmente musculação. Cuidados com a ingestão de proteínas também são recomendados.

*Com informações de o Estadão 

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