SAÚDE

Pré-natal reduz mortalidade materna e infantil

Publicado em 09/10/2009 às 11:16Atualizado em 20/12/2022 às 10:10
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Diversas pesquisas mostram que o acompanhamento pré-natal é de vital importância para uma gravidez saudável, já que diminui o risco crianças nascerem com baixo peso, partos prematuros e mesmo mortalidade materna e infantil. Segundo médico do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher de Uberaba (Caism), há ainda um número significativo de mulheres grávidas que procuram tardiamente ou não fazem os exames de rotina, que avaliam desde uma anemia através do hemograma até doenças que podem ser transmitidas da mãe para o filho.   Mesmo com acesso gratuito ao atendimento pré-natal, que é um direito garantido em lei, o ginecologista obstetra, Ali Harmad Char, destaca que um dos motivos é a falta de informação. “Na verdade, o pré-natal não se trata de um exame, serve para acompanhar a gestação de modo a levantar o estado de saúde, desde o início da gestação, afastando doenças prévias e aquelas surgem durante o pré-natal. Somente este acompanhamento permite diminuir a mortalidade”.   O número ainda é pequeno, mas segundo dados do Caism, de janeiro a setembro de 2008, foram realizadas cerca de 1700 consultas pré-natais. Já no mesmo período de 2009, foram registradas em torno 60 consultas a mais. Mesmo assim, o médico afirma que é importante o compromisso da mulher e da família para que sejam feitas pelo menos de 12 a 14 consultas durante toda a gestação. “Essas consultas têm caráter educativo e informativo, onde se orienta para uma boa alimentação, restringir o uso inadequado de medicamentos, bebida alcoólica, cigarro. E no sentido de pesquisa, buscando através dos exames se existe alguma doença nessa mãe que possa ser transmitida ao bebê”, explica Harmad Char. Entre os problemas que podem trazer complicações e causar a morte materna e infantil estão HIV, toxoplasmose, rubéola, hepatites B e C e a presença ou desenvolvimento de diabetes durante a gestação.   Por isso, o obstetra alerta que o acompanhamento da gravidez deve ser regular. “Até o sétimo mês, se é uma gravidez normal, aconselha-se uma consulta mensal, do sétimo mês em diante, a consulta deve ser a cada 15 dias e no último mês a orientação é de uma avaliação semanal”, completa.

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