Coordenadora da Sub-Regional da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) em Uberaba, Zélia Couto Salerno, afirma ser difícil saber quantas pessoas sofrem da doença em Uberaba. “Ainda falta informação às famílias quanto à necessidade de identificar essas mudanças de comportamento como doença, e não como demências. As pessoas ainda têm vergonha e confundem a doença com caduquice”, explica Zélia. Para manter a luta de enfrentamento contra o mal de Alzheimer e as desinformações que envolvem a enfermidade, foi criado em 1994 o Dia Mundial do Alzheimer — 21 de setembro. Um grupo de voluntários realiza, uma vez por mês e há vários anos, reuniões abertas a estudantes e profissionais da área da saúde, familiares e doentes, como também a toda a comunidade que tem interesse em saber mais sobre o assunto. “A reunião é a arma de enfrentamento contra a doença, já que as pessoas precisam ser solidárias umas às outras. Convidamos profissionais que trabalham com sofredores de Alzheimer, que vêm até o encontro para esclarecer as pessoas, oferecer orientações”, destaca a coordenadora. Zélia explica que são encontros de cuidadores e de familiares para a troca ideias e experiências com diversos profissionais. A iniciativa visa a ensinar métodos e novas formas para cuidar da pessoa doente, como ouvir música, brincadeiras e atividades humoradas, exercícios e formas de aproveitar essa pessoa nas atividades do dia-a-dia. “Às vezes, alguém tira uma dúvida, traz uma novidade, expõe suas dificuldades e isso ajuda muito. Nas reuniões, tentamos demonstrar que é uma situação vivida em parceria, que exige uma disciplina de 24 horas perto do doente, para que ele consiga ter mais qualidade de vida”, conclui. As reuniões são gratuitas e acontecem toda primeira segunda-feira de cada mês, às 19h30, na Aciu. Mais informações pelos telefones dos voluntários: 3321-5053, 3316-4318 e 3312-3208.