SAÚDE

Profissional alerta sobre os cuidados com portadores de Doenças Falciformes

Michelle Rosa
Publicado em 26/10/2019 às 10:07Atualizado em 18/12/2022 às 01:23
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Paulo Roberto Juliano Martins destaca que o conhecimento pode ser a principal arma para tratar a enfermidade

O dia 27 de outubro é uma data importante para os portadores da anemia falciforme, desde que o projeto de lei defendido e aprovado no Senado instituiu o “Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doenças Falciformes”. De acordo com informações do Ministério da Saúde, estima-se que 25 mil a 50 mil pessoas tenham a doença no Brasil, que apresenta alta morbidade e mortalidade precoce.

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença falciforme é causada por um defeito na estrutura da hemoglobina que faz com que hemácias assumam forma de lua minguante, ao invés de manter o formato esférico, quando expostas a condições como febre alta, baixa tensão de oxigênio e infecções. O paciente apresenta anemia hemolítica, crises vaso-oclusivas, crises de dor, insuficiência renal progressiva, acidente vascular cerebral e maior susceptibilidade a infecções. Podem ocorrer alterações no desenvolvimento neurológico.

Diretor do Hemocentro de Uberaba, Paulo Roberto Juliano Martins, médico mestre em Hematologia, destaca que o conhecimento pode ser a principal arma para tratar a enfermidade. “A doença se manifesta, na maioria das vezes, após os seis meses de vida do bebê, mas o diagnóstico deve acontecer na primeira semana de vida, como é estabelecido no Programa Nacional de Triagem Neonatal/PNTN, por meio do Teste do Pezinho”.

O médico explica que a doença falciforme é passada através da herança genética, não se pega por contato, transfusão ou contato sexual. A herança é passada dos pais aos filhos, através dos genes, contidos no DNA. “Quando descoberta a doença, o bebê deve ter acompanhamento médico adequado, baseado num programa de atenção integral, o que vai fazer com que ele tenha uma sobrevida até a vida adulta”, explica.

Ainda de acordo com Paulo Juliano, essa condição é mais comum em indivíduos da raça negra. No Brasil, representam cerca de 8% dos negros, mas, devido à intensa miscigenação historicamente ocorrida no país, pode ser observada também em pessoas de raça branca ou parda. 

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