Psicólogo defende que debate sobre o suicídio seja constante

“O racismo se combate falando sobre o racismo. E por que o suicídio combate-se calando?” Foi com essa pergunta em contraponto que o psicólogo Cristiano Mollo defendeu um maior debate em torno dos casos de autoextermínio. 

Mollo participou de uma entrevista no programa O Pingo do Jota e não descartou a sensibilidade do assunto, mas defendeu que, nos tempos atuais, isso precisa ser discutido. 

“É um tema delicado, existem formas de se falar. Claro que não podemos falar de qualquer forma, mas o silêncio acaba prejudicando ainda mais. Aqui no nosso país, por exemplo, nós temos esses índices subindo cada vez mais. Então, é importante a gente falar, mas não só ficar falando no Setembro Amarelo”, defende. 

O psicólogo disse que os casos estão se multiplicando de tal forma que o debate em torno da saúde mental deve ser constante. “O Setembro Amarelo não tem conseguido atingir seus objetivos porque esses índices estão aumentando. É preciso olhar para a ciência e para os estudos que a ciência produziu sobre isso. Que é sabermos quais são os fatores de risco, sabermos quais são os fatores de proteção”, posiciona. 

Por fim, ele defendeu que o tema seja debatido de forma aberta, visto que a fórmula atual utilizada não está surtindo efeito e os casos estão aumentando.