Psquiatra diz que o tratamento é difícil, mas não é impossível

De acordo com o psiquiatra Marcelo Bilharinho, o tratamento é difícil, mas não é impossível. O psiquiatra relata que hoje existem inúmeros recursos e programas de tratamento psicológico e até mesmo com o uso de medicamentos. “São recursos para algumas substâncias, como o álcool e o tabaco, que agem no receptor cerebral bloqueando a dependência. Não é um tratamento milagroso, mas pode ser de grande valia. Para alguns, o índice de recuperação é de 30% a 40%, mas a condição fundamental é a pessoa querer melhorar. Por isso, Bilharinho dá um destaque especial ao papel da família. “O melhor é a presença amiga dos pais, com diálogo construtivo, e não acho que eles devam ficar vigiando os filhos de forma invasiva. Penso que eles devem estar presentes e ser bons observadores da vida e da história dos filhos de maneira geral. E, se perceberem algum problema, desde a dependência química ao uso de drogas, devem procurar ajuda especializada, mantendo-se sempre presentes durante o tratamento”, completa.   Mesmo assim, a prevenção através da informação é a melhor forma de resolver a questão da dependência química. “Não existe uma idade padrão para falar sobre drogas com os filhos, mas os pais devem estar sempre abertos ao diálogo e responder às perguntas que eles fazem. Agora, no início da adolescência, por volta dos 13 e 14 anos, se não houver uma procura espontânea, é recomendável conversar e mostrar informações de boa qualidade sobre os efeitos negativos do uso de drogas”, afirma Bilharinho.