Segundo dados do Ministério da Saúde, até ontem (31), 1.342 casos de varíola dos macacos foram registrados no país
O Ministério da Saúde receberá, por intermédio da OPAS (@pahowho), o antiviral tecovirimat para reforçar o enfrentamento ao surto de Monkeypox no Brasil 🇧🇷. Serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento. — Marcelo Queiroga 🇧🇷🇧🇷 (@mqueiroga2) August 1, 2022
Ministro da Saúde, Marcelo Queirog, usou o Twitter nesta segunda-feira (1º) para anunciar que o Brasil vai receber remessa do antiviral Tecovirimat para “reforçar o enfrentamento ao surto” de varíola dos macacos (monkeypox). A ação tem intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Segundo Queiroga, a princípio serão contemplados apenas os casos mais graves. O Tecovirimat tem sido usado de forma compassiva (emergencial) os Estados Unidos. Contudo, até então não há dados que comprovem a eficácia dele para o tratamento da varíola dos macacos.
Segundo dados do Ministério da Saúde, até domingo (31) 1.342 casos de varíola dos macacos haviam sido registrados no país. A primeira morte pela doença foi confirmada na sexta-feira (29), referente a um homem de 41 anos, internado em Belo Horizonte. Segundo informações, ele tinha comorbidades, o que pode ter prejudicado o quadro clínico. O Ministério da Saúde investiga as circunstâncias da morte.
Uberaba registrou seu primeiro caso suspeito da varíola dos macacos no fim de semana. O paciente tem 29 anos e esteve internado em isolamento em hospital particular, de onde deve receber alta nesta segunda-feira (1º). Conforme o comunicado da Secretaria Municipal de Saúde, o homem apresentou dor de garganta e manchas pelo corpo e não viajou para fora do país.
Em entrevista recente, Queiroga afirmou que o Brasil “fez o dever de casa” diante do surto de varíola dos macacos desde o início, providenciando laboratórios para diagnóstico, identificação dos casos e isolamento dos pacientes. Os laboratórios prontos para o diagnóstico da doença, segundo o ministro, estão no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo; na Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais; na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro; e no laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Doença
A varíola dos macacos é causada por um vírus e transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode se dar por meio de abraço, beijo, relações sexuais ou secreções respiratórias. A transmissão também ocorre por contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo infectado.
Não há tratamento específico, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.
Sintomas
O paciente pode ter febre, dor no corpo e apresentar manchas, pápulas [pequenas lesões sólidas que aparecem na pele] que evoluem para vesículas [bolha contendo líquido no interior] até formar pústulas [bolinhas com pus] e crostas [formação a partir de líquido seroso, pus ou sangue seco].