Divulgação/Anvisa
Hoje em dia, já existem mais de 350 medicamentos aprovados e registrados no Brasil, que têm origem nos opiáceos
A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para autorizar ou não plantio de Cannabis sativa e o registro de medicamentos à base de canabidiol – substância derivada da Cannabis, planta popularmente conhecida como maconha –, deve ser concluída até o dia 12 de novembro. A expectativa do presidente da Anvisa, William Dib, é de que “o bom senso prevaleça” e a matéria seja aprovada pela diretoria da agência.
Dois regulamentos estão tramitando sobre a questão. Um para autorizar o plantio e outro para autorizar o registro de medicamentos à base da Cannabis sativa. Depois de passarem por consultas públicas, as propostas foram reformuladas, assimilando algumas das contribuições apresentadas.
“Dois diretores pediram vista do caso separadamente, mas, considerando o prazo regimental, acredito que no máximo até 12 de novembro será definida a votação”, disse Dib à Agência Brasil, após participar do Fórum Terapias Gênicas Avançadas: Geração de valor na jornada do paciente e do sistema de saúde, em Brasília.
“A expectativa é de que a ciência e o bom senso sejam vitoriosos, porque é bom para a população e para a sociedade, que está carente de alternativas terapêuticas. Acho que é um grande passo para uma alternativa terapêutica mais segura e eficaz, e com um custo mais baixo”, acrescentou.
Às famílias dos que dependem desse tipo de medicamento – usado para o tratamento de doenças e sintomas relacionados à epilepsia, ao mal de Parkinson, à esquizofrenia, ao autismo, à ansiedade, insônia, a dores e inflamações, além de náuseas, vômitos e espasmos causados por quimioterapia, inapetência – o presidente da Anvisa pediu paciência, “porque a espera resultará em uma proposta mais bem elaborada”.